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Nosso país vive uma derrocada ética sem precedentes em nossa história. Mesmo que você possa achar um exagero; é impossível negar que todas as nossas instituições – e nossa sociedade – estão permeadas pelas ideias do “eu primeiro” e pela cultura do “vou me dar bem, o outro que se dane”. Também não pode negar que o brasileiro e acostumou a reclamar dos políticos corruptos enquanto, secretamente, nutre a vontade de mamar nas mesmas tetas e usufruir as mesmas benesses exageradas.
Pensar o que de um país cujas autoridades acham “coisa de ditadura” o ensino de ética, de civilidade e dos exemplos contidos nas figuras dos heróis de nossa pátria? Como querer que formemos cidadãos de bem e com comportamento ético se nos curvamos aos exemplos mais torpes e aqueles que deveriam dar o maior exemplo, preferem censurar um livro infantil – de um dos maiores escritores brasileiros – sob a imbecil alegação de racismo a ensinar as crianças que o conceito de respeito ao próximo, as leis e vida em sociedade são os pilares que sustentam uma sociedade saudável.
Muito mais que as casuísticas “ações afirmativas”, o ensino do respeito ao outro e do convívio moral e ético com os que pensam e agem diferentes de nós é o cimento com o qual as personalidades de nossas crianças devem ser moldadas e construídas.
Isso passa por um trabalho além da escola, além dos currículos, além dos professores e além da infraestrutura de ensino; isso passa pelos pais e pelo âmago da família. Afinal de contas, é ela o primeiro contato que temos com ávida em sociedade e é nela que estão lançadas as bases do que seremos no futuro. Sem valores familiares que apóiem e consolidem a visão de um mundo ético, de respeito ao próximo e as leis não haverá lugar seguro e nem destino dourado para ninguém.
Mais um exemplo do que anda sendo ensinado as nossas crianças por seus familiares foi mostrado nesta semana durante a apuração do caso dos jovens que agrediram um grupo que caminhava pela Avenida Paulista (SP).
Logo depois do ataque, as famílias, apressaram-se a culpar as vítimas alegando que seus filhos “foram paquerados” e, como não gostaram, começaram uma discussão que acabou em pancadaria generalizada e, portanto, tudo não passou de “legítima defesa”.
A divulgação das imagens, gravadas pelas câmeras de segurança do local, mostra com clareza reveladora que o acontecido foi uma agressão gratuita; sem sentido e sem qualquer provocação.
A divulgação das imagens, gravadas pelas câmeras de segurança do local, mostra com clareza reveladora que o acontecido foi uma agressão gratuita; sem sentido e sem qualquer provocação.
A verdade é que temos ali, expostos num momento em que expressam toda a sua crueldade e tendências psicopáticas, marginais travestidos de menores que são acobertados por seus pais e tratados pela legislação imbecil que rege os crimes praticados por menores como coitados.
Os defensores do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – sempre citam o fato de que a legislação é um “avanço” e uma lei premiada internacionalmente como grande exemplo para outras nações.
O que eles esquecem de dizer é que nenhuma outra nação quer aplicá-la ou mesmo declara estudar sua implantação. O Brasil é a mostra clara e cristalina de que legislar prevendo uma cobertura igualitária das leis para pessoas, atos e crimes totalmente diferentes é um erro que custa caro e o mundo refuta.
Graças ao ECA, tratamos o menor espancado pela família, abandonado nas ruas, exposto ao perigo e ao descaso com a mesma parcimônia e preocupação com que tratamos psicopatas, assassinos frios, estupradores e criminosos contumazes. O resultado disso é a criação de ditadores mirins, psicopatas frios e criminosos de pouca idade que são temidos por sua ferocidade até pelos mais “cascudos” bandidos.
Imaginar que um certo número de anos vivido pode determinar o grau de culpa ou de imputabilidade de uma pessoa é algo tão ridículo como imaginar que todos os idosos são honoráveis e sábios.
As famílias devem compreender o seu papel e punir suas crianças com rigor e sem culpa. Ao fazer isso, elas demonstram para as crianças que suas ações têm consequências e que elas devem estar preparadas para arcar com elas. Impor e cobrar limites, exigir respeito às normas e ensinar que o convívio em sociedade deve ser primado pela ética e pelo respeito ao próximo é a única saída para uma nação saudável, menos violenta e muito mais feliz. Falta também aos legisladores brasileiros e a nossa sociedade aprenderem que, assim como os canalhas envelhecem, um dia eles também foram crianças.
Pense nisso.
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PAIS, FILHOS E UMA SOCIEDADE QUE APODRECE.