ESN: 16675-080201-838850-87
Hoje a recenseadora passou aqui em casa. A recebi para uma conversa que julgava longa. Mas, na verdade, o questionário não demorou mais do que cinco minutas para ser respondido. Esse é o terceiro censo em que eu sou o responsável pelas respostas aqui em casa. De longe, mas muito longe mesmo, esse foi o pior de todos.
Perguntas com a profundidade de: “Todos sabem ler e escrever no domicilio?” – Definiram o tom da pesquisa que deveria mostrar um “raio-X” do Brasil e do brasileiro. Mas, além de perguntar sobre o nome das pessoas residentes, a quantidade, a renda, se alguém havia morrido ou morava no exterior; a recenseadora pediu apenas os nomes dos moradores e quantos banheiros havia na casa. Também notei, pasmo, a presença de uma pergunta ridícula: “Como você define a cor da sua pele?”
Pelo jeito os caras querem mesmo levar esse negócio de raça adiante. Nada mais estúpido, desnecessário e cientificamente já descartado do que esse negócio de raça. Enquanto o mundo busca banir esse conceito, nós queremos retroagir aos anos cinqüenta, onde a cor da pele era citada em documentos oficiais. Daqui a pouco começarão a aparecer os ônibus especiais, os cinemas especiais, os banheiros especiais e tudo mais que os idiotas aproveitadores que usam a “ação afirmativa” apenas para afirmar o seu poder político e arrumar uma ação em suas contas bancárias.
Onde foram parar as perguntas vitais como o grau de instrução de cada morador, estado civil, etc? Sinceramente, achei o questionário tão superficial e tão vazio em matéria de levantamento de informações que a única explicação possível para perguntas assim é o uso eleitoral. Afinal, “nunca antes na estória dessepaís” se viu uma população descrita tão superficialmente.
Perguntei a recenseadora sobre o questionário completo e recebi a informação de que apenas uma em cada trinta casas responderia o tal questionário. Tudo bem. Não vou discutir a sistemática do IBGE. Contudo, perguntas tão superficiais – e que não consideram sequer o grau de instrução da população – não servem lá para grande coisa. Afinal de contas, a população pode até saber ler e escrever, mas pode ser analfabeta funcional; pode não ter completado sequer o primeiro grau ou pode ter renda através de um subemprego ou por um emprego irregular. O mesmo acontece em relação ao período. Por que todos os dados são coletados tendo como base o mês de Junho? Por que o corte não é do mês atual? Certamente para escapar do decréscimo natural de pessoas empregadas nesse período de meio de ano. Mais uma manobra que só se justifica sob o aspecto eleitoral e prejudica a seriedade dos dados estatísticos coletados. Afinal de contas, teremos um “raio-X” do país de três meses atrás. Isso jamais aconteceu antes. Os dados eram coletados sempre “no momento”.
Coisas que só Lula e seus gênios poderão responder.
E você leitor, o que pensa disso?
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