ESN: 16675-080201-838850-87
Vivemos em um país onde 10% da população é completamente analfabeta e 74% dos adultos são analfabetos funcionais. Além disso, mais de 80% dos habitantes não dispõem de “luxos” como água encanada e esgoto tratado; devendo pisar em seus dejetos para entrar e sair de casa.
Vivemos em um país onde o cidadão morre sem atendimento médico ou, quando o consegue, é desrespeitado; mal atendido; criminosamente ignorado ou mesmo abandonado à morte em uma maca fétida num canto superlotado de um hospital sem médicos e sem estrutura básica que foram convertidos em verdadeiras máquinas de matar e centros de extermínio pelo país a fora.
Vivemos em um país onde os criminosos trafegam pelas cidades impunemente, onde a polícia é mal aparelhada; mal paga e é completamente infestada pela corrupção. Apenas 5% dos crimes são investigados e destes; só 3% chegam a se transformar realmente em um processo judicial. Mesmo quando são punidos; os criminosos possuem tantas regalias legais e são tratados com tanto paternalismo que pouquíssimos ficam realmente presos pelos seus crimes – por mais hediondos que tenham sido.
A desculpa para essas e todas as mazelas de nossa nação é bem conhecida de qualquer um de nós: falta de recursos.
Mas, no país da mais alta carga tributária mundial e de riquezas simplesmente incontáveis no solo, na biosfera e na mente de seus habitantes; algo assim soa muito mais como uma desculpa esfarrapada do que como uma verdade incontestável. Até quando o governo condena seu povo a uma vida limitada por seqüelas causadas por doenças evitáveis ou a morrer sob o ataque cruel de vírus e bactérias cuja letalidade pode ser eliminada ou reduzida com o uso de vacinas disponíveis aos mais ricos, sob o falso argumento de que oferecer vacinas de graça “atrapalha a criação de outras formas de controle” para doenças que só a pobreza e a desassistência justificam; pouca gente liga e nenhuma voz se levanta para revelar a idiotice e a barbaridade que há por trás desse falso argumento.
Muito distante da falta de recursos; o problema crônico que domina nosso país e nos impede de sermos uma grande nação em todo o seu esplendor é a falta de prioridades.
Ao mesmo tempo em que o governo Lula veta a concessão de vacinas a população mais carente, sob uma das mais torpes e ridículas argumentações da história da medicina, e o governo Dilma pretende comprar um avião presidencial ainda maior e mais luxuoso para “A Mãe dos Pobres”; o brasileiro navega impassível no mar bovino do marasmo eterno e do crédito remanescente da fartura transitória que já ameaça acabar.
Mas, antes que você petralha, derrame seu véu de xingamentos e de perguntas sobre FHC, Serra e os “Demos”; saiba que essa falta de prioridades e o total descaso com o que realmente deveria interessar não são reservados apenas aos governos de Lula e Dilma. Esse absurdo nos arrasta pela lama do subdesenvolvimento e condena nosso povo a uma vida de limitações, mortes prematuras e sem sentido ou nos prende na rabeira de países muito menos dotados de recursos do que nós, é um “privilégio” da classe política brasileira – independente de sua ideologia ou partido político.
Aqui no Brasil falta a figura do estadista. Aquele empreendedor que deseja refundar a nação e torná-la poderosa e verdadeiramente próspera – dando-lhe condições para enfrentar desafios e vencer obstáculos do futuro – onde seu povo tenha ânimo, sabedoria, recursos e forças intelectuais para aproveitar as oportunidades que se apresentam e evoluir social e economicamente por suas próprias forças e capacidades.
Por outro lado; nos sobram as figuras do político simplório; do intelectualóide deslumbrado; do salvador da pátria; do “pai” e da “mãe” dos pobres e do messias mágico que resolverá tudo com um passe de sua varinha mágica. Todas essas figuras, logicamente, são criadas por políticos sedentos de poder e dinheiro fácil buscando apenas ganhar as próximas eleições e manter seus privilégios e negociatas; garantindo apenas o seu próprio futuro ou o de seus “herdeiros”.
A coisa mais triste e, ao mesmo tempo, mais engraçada em tudo isso; é que ter mais estadistas em nossa política depende unicamente de nós. Exigindo melhores escolhas dos partidos; melhores plataformas dos candidatos; melhores ações dos eleitos e melhor comprometimento do eleitor com a sua nação.
O dia que entendermos esse pequeno defeito em nossa personalidade; seremos uma nação de gigantes.
Pense nisso.
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Este artigo foi escrito originalmente para o Blog Visâo Panorâmica. A reprodução só é permitida com autorização expressa do autor. Solicite atravéz daqui:arthurius_maximus@visaopanoramica.com
BRASIL, PRIORIDADES E AS COISAS ENGRAÇADAS.