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Que a diplomacia brasileira já cansou de dar mostras de incompetência e da aplicação de viés ideológico em decisões que deveriam ser eminentemente voltadas apenas para os interesses da nação brasileira em todas as suas manifestações, a gente já está careca de saber e de criticar.
Muitos petistas ficaram exultantes e elogiaram muito as “manobras fantásticas”, produzidas pelo imbecil-mor que está à frente de nossa diplomacia e pelo nosso presidente que não consegue ir a um único país sem dar pelo menos uma gafe que provoque “saias justas” e aquele corre-corre do pessoal do “abafa”.
Os fracassos foram muitos e enumerados aqui a dar com o pau. Perdemos todas as indicações que fizemos e todos os estrangeiros que apoiamos para importantes órgãos da ONU; declaramos a China como economia de mercado – em troca do apoio chinês ao sonho do assento no Conselho de Segurança – para sermos traídos pelos chineses poucos meses depois de conseguirem o que queriam (inundar nosso país com produtos da mão-de-obra escrava e com moeda sub-valorizada) e sem que pudéssemos retaliar, pois já havíamos “reconhecido” a economia de livre mercado da China; apoiamos um egípcio intolerante que bradava que seu maior sonho era queimar todos os livros que “ofendiam” o Islã em praça pública para a UNESCO, sendo derrotados mais uma vez miseravelmente; e passamos a gozar da companhia e da camaradagem de todos os “democratas” africanos (mesmo muitos deles sequer podendo deixar o solo dos seus países, pois serão presos por genocídio e crimes contra a humanidade). Nosso presidente comparou presos políticos a estupradores e assassinos e ainda disse que quem faz greve de fome tem mais é que morrer porque é “besta”.
Sem falar nas juras de amor aos iranianos e o “honrado” posto de primeiro país a reconhecer a reeleição do velho “Arhma” – quando os próprios iranianos gritavam e revelavam a fraude que foi a eleição. Enquanto eles lutavam pela liberdade e eram assassinados em praça pública ou jogados nas prisões por questionarem o teatro montado por seu governo fantoche, nossa diplomacia classificada o massacre de dissidentes, as prisões sem acusação e julgamento como “uma briguinha de Corinthians versus Palmeiras”.
Optamos também pela farsa eleitoral de oferecer asilo a uma iraniana condenada à morte por apedrejamento e agora coroamos a farsa hipócrita com chave de ouro ao nos abstermos de condenar essa pena abjeta, obsoleta e completamente desumana.
Ao abster-se de assinar a resolução da ONU que condenava a aplicação desta pena, o Brasil uniu-se a um seleto grupo de nações democráticas e avançadas, contribuindo para um mundo melhor e para a criação de uma imagem de respeito e de liderança no mundo de hoje.
Veja, caro leitor, ao lado de quem o Brasil ficou ao abster-se de condenar a morte violenta, humilhante e desumana provocada pelo apedrejamento: Angola, Benin, Butão, Equador, Guatemala, Marrocos, Nigéria, África do Sul e Zâmbia (se abstiveram) e Venezuela, Síria, Sudão, Cuba, Bolívia e Líbia (recusaram assinar).
Como você pode ver, O Brasil está formado com os países mais liberais, democráticos e avançados – tanto socialmente quanto tecnologicamente – do planeta; certamente essa é uma posição de honra e de grande alegria para todo brasileiro que ame o seu país.
Resta torcer para que Dilma faça logo uma visita ao Irã e abrace o velho “Arhma”, como forma de estreitar ainda mais os laços com aquele democrático país que enforca gays, apedreja mulheres, prende e mata blogueiros ou assassina dissidentes. Depois que meteram o pau em FHC porque – durante o auge dos episódios que se seguiram aos atentados de onze de setembro – todos os diplomatas e funcionários estrangeiros (inclusive os brasileiros) tiveram que ficar descalços para entrar nos EUA; o que vai ser mais legal (e eu adoraria ver) é como será a recepção de Dilma numa visita ao Irã, por exemplo. Como mulher, ela se rebaixará a usar o xale exigido das mulheres e permanecerá em posição de inferioridade durante toda a visita ou deixará ao cargo de José Dirceu, Palocci ou Temer realizar as visitas ao país dos Aiatolás?
Essa vai ser boa…
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