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O acordo firmado entre o governo Lula e o Paraguai estabeleceu algo inimaginável em matéria de geografia: O Brasil agora faz parte de mais uma tríplice fronteira na América do Sul.
A Tríplice Fronteira do Entreguismo.
Juntamente com a Bolívia; o Paraguai passa a fazer parte de um, não tão seleto, grupo de nações que passaram a perna no Brasil e lançam, sob os brasileiros, ônus de políticas e de obrigações que nós, de forma alguma, temos que arcar.
Quando houve o início da Crise econômica Mundial, a Bolívia se viu em maus lençóis porque expulsou os investidores do país. Ao dar ouvidos a Hugo Chávez e “sair por aí” estatizando tudo, sem ter a devida certeza de que o Estado Boliviano tinha a competência necessária para se estabelecer como única fonte de geração de riquezas e de investimentos, o resultado foi a óbvia depressão econômica e a quase estagnação geral:
Com a incapacidade de diversificar a produção de bens e de melhorar as condições financeiras de seu mercado interno, a Bolívia ficou ainda mais dependente do comércio do gás. A queda da demanda, provocada pela crise, levou o governo boliviano ao paredão e a um duro choque de realidade. Era simplesmente impossível manter as políticas populistas e satisfazer os líderes comunitários que sustentavam Evo no poder.
Diante da crise e quase a beira de uma guerra civil, quem apareceu em socorro de EVO? Claro, o Superlula.
Mas como esse socorro foi feito?
Muito simples:
O Brasil não necessitava mais do volume de gás que comprava diariamente da Bolívia e a Petrobrás determinou um corte na compra do excedente sem uso. Afinal, o preço por aqui já estava caindo e havia um enorme excedente do produto (o que não justificava uma compra maior do país andino).
Ao ser notificado pelo Brasil de que o volume de gás comprado seria reduzido (o que é previsto em contrato), Evo entrou em pânico. Suas políticas ruiriam sem recursos e seu governo estaria ameaçado. Já que a dura realidade de ter transformado a Bolívia num país muito mais pobre, do que no período anterior ao seu governo, apareceria com força total agora.
Evo, então, fez um pedido: “Superlula, compre nosso gás mesmo sem precisar”.
E assim foi. Mesmo sem a menor necessidade, o Brasil gasta milhões de dólares na compra de gás da Bolívia sem a menor necessidade e mantém termoelétricas ligadas (quando os reservatórios das hidroelétricas estão abarrotados e a capacidade de geração de energia limpa nunca foi tão grande), apenas para agradar e engordar nosso vizinho andino e suas políticas populistas. Mesmo que, para isso, os brasileiros tenham que morrer de gripe e de outros problemas de saúde por falta de atendimento adequado e de equipamentos em nossos hospitais. Isso sem falar na educação, estradas e um monte de outras “coisas sem importância”.
Agora, chegou a vez do Paraguai.
Mesmo com o discurso de que não mexeria no tratado de Itaipu e que não causaria prejuízos a nação brasileira; bastou que o governo Lugo passasse por uma grave crise política e a possibilidade de queda aparecesse no horizonte paraguaio para que um pedido desesperado de ajuda ao Superlula ecoasse pelas planícies e pelos alagados, chegando até o Planalto Central.
Diante de tão comovente apelo; o Superlula se mostra magnânimo e caridoso. Mais uma vez, cede ao povo paraguaio (que não gastou um único tostão com a construção da usina). Aceita pagar TRÊS VEZES MAIS pela energia excedente produzida em Itaipu (usina que nós construímos e que o Paraguai vem pagando a perder de vista com apenas parte da eletricidade que lhe sobra). Ou seja; o Brasil compra a energia de Itaipu a preços de mercado e desconta uma parte da dívida pela construção; repassando a diferença ao Paraguai. Agora, pagará três vezes mais pela mesma energia. Não é lindo? Não é uma ótima forma de promover a revolução bolivariana?
O mais engraçado de tudo é o governo do Superlula afirmar que os brasileiros não pagarão mais por isso em suas contas de energia elétrica. Sim. Mas, de onde virá o dinheiro? Mágica? Prestidigitação? Vudu? Macumba? Da Igreja Universal? Da Renascer? Da Paróquia de São Sávio?
Claro que não, caro leitor; virá do Tesouro Nacional. Virá de mim, de você e do “Seu” Manoel da Esquina. Sairá dos investimentos em educação, infraestrutura, saúde, prevenção de doenças, saneamento básico, segurança e etc… e irá para Lugo poder pagar as inúmeras pensões alimentícias que deve. Afinal, lá no Paraguai ele é conhecido jocosamente como o “Pai de Todos”.
E o Ministério Público, por onde anda? Pesquisando biografias?
Pense nisso.
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BRASIL, BOLÍVIA PARAGUAI E A TRÍPLICE FRONTEIRA DO ENTREGUISMO.