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O entrevistado de hoje na nossa série “A Visão Política da Blogosfera” é o Yashá Gallazzi, editor do Blog Construindo o Pensamento.
Polêmico, ferino e um dedo apontado na cara da esquerda brasileira; assim podemos definir Yashá e seu blog. Como ele mesmo se definiu uma certa vez, em sua coluna no Perspectiva Política, é um “Porco Direitista” graças aos desmandos e falcatruas cometidos pela esquerda brasileira. Afinal de contas, honestidade e probidade são palavras repletas de significado e valor para ele.
Vivendo no Amapá, ele tem uma visão única sobre a política da região e sente na pele os efeitos de alguns absurdos que denuncia com frequência em seu blog. Mesmo que você não tenha a mesma orientação ideológica, Yashá é uma fonte inesgotável de bons textos, acidez extrema e opiniões inteligentes e bem fundamentadas.
Por isso mesmo, resolvi trazê-lo para que mostrasse um pouco dessa “verve” mordaz para vocês.
Não deixem de comentar.
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Visão Panorâmica – Hoje há um enorme descrédito em relação aos políticos. Como você vê a política nacional e a incapacidade da oposição em defender as suas teses e porque Lula e o PT conseguiram esmagar as oposições desta forma?
Yashá – Acredito que Lula e o PT têm conseguido diminuir sistematicamente as oposições exatamente porque o enorme descrédito em relação aos políticos, mencionado no início da pergunta, não atinge o presidente. Lula adquiriu no Brasil um status meio “café-com-leite”, sabe? A ele tudo é permitido e nada pode ser cobrado. Afinal, ele é o oprimido cuja “mãe nasceu analfabeta”, sofreu muito na infância, foi pra cidade grande num pau-de-arara e, depois de muita “luta”, se tornou o maior líder popular do Brasil. Como combater um mito assim? Certamente não basta apresentar histórico de boa gestão e números positivos na TV. Isso não é páreo para o carisma de uma lenda como Lula.
E aí reside o grande problema da oposição brasileira: com receio de partir para o confronto político-ideológico, por medo de enfrentar o PT e a superpopularidade de Lula, tucanos e democratas limitam-se apenas a se apresentar como bons gerentes na TV. Isso não basta… Sem falar que se deixaram pautar completamente pela agenda petista, o que os leva a renegar os feitos do governo FHC, que precisariam, sim, ser defendidos na TV. Afinal de contas, a gestão passada liquidou com a inflação. O Plano Real queiram ou não os petistas, foi o maior programa de combate à miséria da história! Costumo dizer que se FHC o tivesse chamado de “Plano Nacional de Erradicação da Miséria” (ou qualquer outra coisa assim), a intelectualidade progressista do Brasil teria tatuado o nome do ex-presidente nas nádegas!
Visão Panorâmica – Você tem um blog político controverso. Como você encara a blogosfera política e como definiria seus principais acertos e erros? Você acha que é possível melhorar a atuação desses blogs tornando-os mais relevantes e aumentando a sua penetração? Como fazer isso?
Yashá – Olha, meu blog só é controverso porque no Brasil a tolerância a qualquer opinião que não se amolde ao consenso progressista e politicamente correto é muito pequena. Veja a blogosfera da Europa ou dos EUA: em cada “esquina” da Internet há um blog que defende as coisas que eu defendo no Construindo o pensamento. Por que aqui no Brasil isso tem de ser demonizado? E não é um caso isolado, que acontece apenas comigo – mesmo porque o alcance do meu blog é limitadíssimo. Vejam o caso do Olavo de Carvalho ou do Reinaldo Azevedo: são tratados como cães atuando sob as ordens da Veja (ou da Globo, ou da CIA, ou do Mossad…). E isso mesmo sabendo que quem se faz financiar com dinheiro vindo de estatais são outros blogs – os progressistas…
Não quero começar a falar dos erros e acertos do meu blog, porque corro o risco de não parar mais de escrever: os erros devem ser muitos! Confesso que não me preocupo muito com isso, porque não escrevo com a pretensão de ser um “formador de opinião”. Escrevo porque gosto, porque quero e porque tenho tempo. O dia que um desses três pilares ruir, o blog vai parar, afinal é ele que paga as minhas contas… Evidentemente que há muito que melhorar seja no meu blog, seja na blogosfera em geral. O que fazer? Bom, aí complica… Gente mais gabaritada que eu ainda não conseguiu ter uma noção exata do alcance da Internet. Nas eleições americanas de 2008 ela foi muito importante. Pensaram que o fenômeno se repetiria no Brasil, este ano, mas não é o que parece estar acontecendo… Percebe-se, pois, que não há uma lógica nisso. A Internet ainda é movida muito por “modinhas”; momentos. E essas coisas mudam de país pra país, de ano pra ano.
Visão Panorâmica – Você tomou conhecimento do Movimento dos Blogueiros Progressistas? Como você vê a ligação estreita do movimento com entidades e elementos patrocinados por um único partido político e por verbas públicas? Como a blogosfera poderia responder a este movimento com uma visão mais plural e representativa do pensamento dos blogueiros? Seria possível unir mentes, de correntes ideológicas opostas e variadas, de forma a promover um debate realmente plural e representativo de nossa classe sem ficarmos presos e reduzidos a uma única corrente ideológica? O que seria necessário para essa mobilização?
Yashá – Blogueiros progressistas, né? Engraçado que todos os pontos da carta aprovada por eles ao final do encontro foram muito debatidos, com várias opiniões divergentes sendo apresentadas. Todos, menos, um: a idéia vagabunda de pedir dinheiro público pra financiar os blogs progressistas. É um absurdo tão vergonhoso, que até me recuso a comentar! Junte dois progressistas numa sala, e a chance de eles saírem de lá com alguma idéia para arrancar dinheiro público é de 99,9%.
Evidente que eu acho repugnante ver dinheiro público financiando blogueiro. Aliás, eu acho repugnante dinheiro público financiando muita coisa… Sabe como é? Sou um conservador… Pra mim, o Estado deveria se ocupar de saúde, educação de base, segurança pública e defesa externa. E só! Mais que isso leva a desperdícios, por conta da natural ineficiência burocrática da máquina pública.
Quanto a pluralizar o debate, acho que é uma coisa que acontece naturalmente, mas de uma forma particular. O campo progressista, financiado pelo nosso dinheiro, é logicamente mais organizado. Natural que seja assim, aliás: historicamente, a esquerda sempre foi mais mobilizada do que a direita, mais individualista e moderada. Acho que é parte do jogo. Assim como uma “passeata de esquerda” sempre vai reunir mais gente que uma “de direita”, natural que a “Internet de esquerda” mobilize mais também.
Visão Panorâmica – Ainda em relação à pergunta anterior; já ocorreram inúmeras tentativas de unir a blogosfera em torno de causas comuns e de anseios dos próprios blogueiros. Já se buscou a criação de uma entidade que nos protegesse da ingerência do Estado, da litigância de má fé e até de problemas práticos do dia a dia. No entanto, todas essas iniciativas falharam miseravelmente. Como você vê essa realidade e acredita que há uma forma de mudá-la? O que provoca essa desunião intensa entre os blogueiros quando o assunto não passa por um encontro no boteco?
Yashá – A Internet é um universo muito vasto. Natural que quem usa a rede fique numa vibe meio “cada um por si”. Eu acharia surpreendente se houvesse uma união forte e decidida em torno de uma agenda comum. Isso é dificílimo, mesmo num papo de boteco, onde tá todo mundo presente e debatendo de bate-pronto, cara-a-cara. Qual é, por exemplo, a agenda mínima do Reinaldo Azevedo? E do Josias de Souza? Quais as prioridades do Arthurius Maximus? E do Yashá Gallazzi? É complicado estabelecer uma agenda mínima reunindo pensamentos tão diferentes assim. Para defender a liberdade de expressão na web, penso que bastam os mecanismo que temos para defendê-la no “mundo real”. A Constituição está aí, garantindo a livre expressão. Ela é que precisa ser defendida das tentativas diárias de golpes. Pensando bem, aí está uma agenda mínima que deveria unir todos – blogueiros e não-blogueiros: a defesa da constituição, do Estado de direito e do sistema de liberdades individuais.
Visão Panorâmica – O uso do Judiciário como força censora tem sido intensificado nos últimos anos e levado ao fechamento de vários blogs. O caso do Nova Corja é especialmente emblemático porque caracterizou, de forma limpa e clara, o uso da litigância de má fé com o objetivo de calar os editores do blog. Em sua visão há uma forma de proteger-se disso, sem dispor de vastos recursos financeiros, ou todos os blogs políticos, uma hora ou outra, acabarão sucumbindo a essa prática nefasta?
Yashá – A grande batalha deve se dar em torno da defesa da liberdade de expressão contra qualquer ameaça. A “judicialização” do debate, que tem sido algo recorrente no Brasil há algum tempo, é uma vergonha para a democracia! Onde há liberdade, eu posso escrever o que quiser, e o ofendido que peça reparação por danos morais eventualmente causados. No Brasil, porém, prefere-se recorrer à censura, optando-se por retirar da web os textos considerados ofensivos. Isso é inadmissível!
Preocupo-me muito quando vejo o Judiciário, aquele que deveria guardar as liberdades democráticas e o Estado de direito, atendendo a pedidos claramente totalitários. Deferir uma liminar pedida por um político, ordenando que se retire do ar um texto considerado “propaganda eleitoral negativa” é estuprar a democracia! Se eu caluniei, injuriei ou difamei o “candidato fulano”, ele que represente criminalmente contra mim, e que se faça o devido processo legal. Mas isso sem cercear a minha liberdade de dizer o que penso sobre ele. Isso é inadmissível em qualquer hipótese!
Na verdade, acho que todo mundo percebeu que no Brasil é lucro ser “suscetível demais…” Não se pode mais dizer um “ai” para nenhum político, sem que a ameaça de ser censurado, processado e condenado paire sobre as nossas cabeças. Isso empobrece o debate público e diminui a democracia. Faz-me lembrar daquela tirada moderninha: “não sabe brincar? Não desce pro play!”
Visão Panorâmica – A vitória da tese plebiscitária nessas eleições foi algo muito ruim para o país. Você acha que falta ao brasileiro uma visão mais realista do mundo que o cerca ou o acomodamento da “grande massa” é algo impossível de ser mudado?
Yashá – Olha, eu nem acho que falte visão realista, nem que o acomodamento não possa ser mudado. Só acho que com o mito Lula na disputa, a coisa será sempre diferente. E não tem jeito de mudar… Lula convenceu o povo de que está acima do bem e do mal; que é uma espécie de “escolhido pelas forças do destino”. Difícil competir com isso, né? Eu, por exemplo, conheço vários eleitores de Dilma que, ao se referirem a Serra, dizem: “olha, ele é até bom… pena que não é o candidato do Lula…” Aí você percebe que a batalha é surreal…
Quanto ao plebiscito em torno de Lula, temos que convir que era impossível ser de outra forma. O sujeito tem 80% de popularidade, santo Deus! Surpreendente eram os que negavam a disputa em torno do legado dele… Isso se deu em todos os lugares onde governantes muito populares tentaram fazer seu sucessor: nos EUA pós-Reagan, na Colômbia pós-Uribe e no Chile pós-Lagos. Quando o cara chega ao fim do mandato com 80% de aprovação e diz “vota nesse aqui, que ele continua o que eu fiz”, é difícil não se falar em plebiscito.
No mais, há que se considerar uma particularidade muito própria dos anos lulistas: o governo atual fez uma engenharia social que merece um estudo mais apurado… Chegou ao poder nas asas da classe média e dos tais “formadores de opinião” – uma fatia do eleitorado que historicamente sempre foi petista -, mas, uma vez lá, chutou a bunda de ambos e foi cuidar de ganhar os votos das duas extremidades da pirâmide econômica: deu bolsa-esmola pros pobres e “bolsa-banqueiro” pros ricos. Resultado: o lulismo tem sempre os votos dos miseráveis que vivem às custas do Estado, e o dinheiro dos mais ricos para financiar suas campanhas. O monopólio político do PT só será quebrado quando alguém compreender isso e despedaçar essa corrente.
Visão Panorâmica – Qual a sua opinião sobre o aborto, o voto facultativo, a união civil homossexual e o papel das religiões e suas bancadas nesse debate? Há um preceito constitucional que classifica o Estado como “laico”. Não seria o caso, então, de proibir-se a candidatura de elementos ligados diretamente a esta ou àquela Igreja ou religião?
Yashá – Sou contrário ao aborto, favorável ao voto facultativo e à união civil entre pessoas do mesmo sexo. Posso ir um pouco além? Sou contra a liberação das drogas e a pena de morte. É impossível negar que muitas das minhas posições sócio-políticas derivam, também, das minhas convicções religiosas e morais. Isso é natural, faz parte do processo de formação do pensamento. É o meu catolicismo que me leva a ser contra o aborto e a pena de morte, por exemplo. E acho que não há nada de errado nisso. Pelo contrário: é absolutamente normal que a fé exerça um papel importante dentro da política, afinal ela faz parte da sociedade e a política é a externação pública dos valores sociais.
Não vejo por que as igrejas e os religiosos devam ser apartados do debate. O fato de o Estado ser laico serve apenas para obrigar os homens públicos a não permitirem uma confusão entre igreja e governo. Isso não quer dizer que valores decorrentes de crenças religiosas não devam ser levados em consideração. Por exemplo: se houver um plebiscito sobre legalização do aborto, aposto meu fígado que a maioria esmagadora dos brasileiros seria contra. E por motivo de fé! Pergunto: seria justo não acatar a opinião da sociedade, só porque influenciada pela igreja? Óbvio que não… Aos amigos ateus eu costumo dizer: se o Estado dá ouvidos ao PT, à CUT e ao MST, por que os religiosos deveriam ser proibidos de se manifestar?
Visão Panorâmica – Em relação ao voto facultativo; você acha que o fato do brasileiro ser um povo sem interesse por política – e tido por alguns como completamente alienado – pode representar, ao invés de uma melhoria na qualidade da política e dos políticos eleitos, uma ameaça à democracia e a exclusão definitiva das massas do processo eleitoral, centralizando esse poder apenas na mão das “elites”?
Yashá – Não, não acho. Todas as maiores democracias do mundo adotam o voto facultativo. Elas não podem estar erradas e nós certos, não é mesmo? Eu acho que se o Brasil aprovasse o fim do voto obrigatório, a coisa se daria mais ou menos assim: na eleição imediatamente seguinte, a maioria do povo ficaria em casa, aproveitando sua nova liberdade. Isso abriria espaço para os políticos e para os partidos que têm mais poder de mobilização. Eu não estranharia se um PSOL ou um PSTU acabasse vencendo, por exemplo – ou, no extremo oposto, um “novo Enéas…” Mas isso seria aquilo que eu chamo de “dano colateral aceitável”. Faz parte do aprendizado, entende? Depois de ver a porcaria que fizeram, os esclarecidos voltariam a procurar as urnas nos dias de eleição, e a coisa voltaria a ficar equilibrada novamente.
Uma das coisas que mais digo para defender o voto facultativo é que ele seria o golpe mais duro contra a compra de voto. Por uma razão mais simples: ninguém paga por aquilo que não tem certeza se irá receber. Imagine o sujeito derramando dinheiro em corrupção eleitoral para se eleger. Compra votos, paga cabos-eleitorais e faz todo tipo de macaquice típica desse período. Aí, chega o dia da eleição, e ele fica fora. Por quê? Bem porque o miserável que recebeu uma cesta-básica pra votar nele, não é mais obrigado a ir até a seção eleitoral, “entregar” o que vendeu… Questão de economia básica: ninguém gasta dinheiro naquilo que não dá retorno.
Visão Panorâmica – Como você interpreta o crescente avanço dos governos latinoamericanos sobre as liberdades individuais, notadamente a de expressão e de pensamento, e como o cidadão comum pode barrar essa sanha por controle estatal? Especificamente, aqui no Brasil, a coisa parece estar se intensificando e é crescente o número de blogs – e até de grandes jornais – ameaçados de censura ou fechamento. As últimas decisões judiciais, ameaçando de prisão, um blogueiro de Minas Gerais pelo simples fato dele ter oferecido um link para uma animação que satirizava o candidato Hélio Costa e solicitando o fechamento do Tijoladas apenas porque este relatou um crime cometido por um membro de uma família influente em sua cidade, não seriam uma prova cabal de que os “anos de chumbo” estão voltando?
Yashá – Olha, acho que a sociedade deve conter a sanha do Estado limitando a atuação dele ao mínimo possível. E aqui acabamos voltando ao que eu já disse acima: ao se tolerar a ingerência absurda do Estado nos mais diversos aspectos da vida privada, acaba-se abrindo as portas para todo tipo de trapaça. Tomemos o exemplo da justiça eleitoral brasileira: eu a considero a coisa mais perto de um totalitarismo que temos atualmente. Até mesmo – atenção gora! – pior que o PT! O TSE, com seu número infinito de normas, portarias, regulamentos e resoluções está engessando tanto o processo eleitoral, que a liberdade dos eleitores é cada vez menor. Chegamos ao absurdo de ver sete pessoas se substituindo a milhares e elegendo o governador do Maranhão! Ora, se Jackson Lago merecia ser cassado, que fosse! Mas daí a dar posse a quem foi, à época, rejeitado pela maioria dos eleitores? Bem, desafio alguém a me mostrar como isso pode ser considerado democrático…
Na América Latina a coisa é até pior, dependendo do lugar analisado. Equador, Venezuela e Bolívia, por exemplo, partiram para um processo de desinstitucionalização brutal e acelerado, que já permite chamar aqueles países de ditaduras. Ou seria democrático demitir livremente um ministro da Suprema Corte, como fez Chávez? “Ah, mas é por uma boa causa.”, dizem os esquerdistas… É… Eles sempre têm uma “boa causa”, já notou?
Visão Panorâmica – Deixe um recado para os leitores.
Yashá – Quero principalmente agradecer a paciência dos valentes que se deram ao trabalho de ler as minhas opiniões até o fim. E agradecer também a você, pela deferência e pela oportunidade. Ser ouvido por um blog de importância reconhecida, como o “Visão Panorâmica”, é motivo de muito orgulho. Obrigado e um abraço!
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Este artigo foi escrito originalmente para o Blog Visâo Panorâmica. A reprodução só é permitida com autorização expressa do autor. Solicite atravéz daqui:arthurius_maximus@visaopanoramica.com
A VISÃO POLÍTICA DA BLOGOSFERA – YASHÁ GALLAZZI – CONSTRUINDO O PENSAMENTO.