Bebê abandonado é encontrado engatinhando em praça de Osasco

Guarda Municipal foi chamada por homem que dava sopa a moradores de rua.

Um bebê de menos de um ano foi encontrado engatinhando na Praça Marques do Herval, região central de Osasco, por um homem que dava sopa a moradores de rua. Ele encontrou a criança por volta da 0h30 desta terça-feira (16). A Guarda Civil Municipal e o Conselho Tutelar foram acionados e a criança foi conduzida a um abrigo. A mãe Angélica Aparecida Meireles, de 23 anos, só apareceu por volta das 15h e diz ter deixado o filho com uma pessoa, que não foi localizada pela polícia.

A guarda-civil municipal Sany Dezen Magela, que foi até a praça buscar a criança, conta que, quando ela chegou, o bebê estava deitado em um colchão em uma espécie de cabana que a mãe da criança havia montado usando como estrutura um banco da praça e um carrinho de supermercado cheio de roupas, brinquedos e outros objetos. A cabana era coberta por um plástico.

“Ele estava com um macacãozinho azul claro, todo sujo, com a fraldinha descartável cheia de xixi, deitado no colchão e coberto”, diz a guarda civil. A criança foi conduzida ao Hospital Antônio Giglio, mas o seu estado de saúde foi considerado bom. “Ele estava com assaduras e tinha uma queimadura na língua. Nada de grave”, afirma Magela.

O que mais impressionou a guarda municipal, que é mãe de três filhos, é que o bebê não sorriu em nenhum momento. “Por mais que fizessemos gracinhas ele não correspondeu”, diz. “[Observei] que ele procurava a face da mãe dele quando olhava para as pessoas no hospital”, conta.

A reportagem presenciou a chegada de Angélica Aparecida por volta das 15h. Ela negou ter abandonado o filho sozinho. Mas se recusou a dizer por qual motivo deixou a praça sem o bebê. “Não deixei sozinho, deixei com um rapaz. Estava ali do lado”, disse. A mãe afirmou ter família em Osasco.

Um casal de moradores de rua da Praça Marques do Herval afirma que essa foi a quinta vez que Angélica deixou a criança sozinha. “Quatro vezes eu fiquei com ele e com a menina, mas ontem nem vimos que ela tinha saído”, diz Alexandre Martins dos Santos, de 38 anos. “Me revolta bastante [ver que ela deixou o bebê sozinho]. Nas outras quatro vezes eu chamei muito a atenção dela, mas ela não tem responsabilidade”, afirma Ana Maria Nunes de Jesus, de 21 anos.

A mãe foi encaminhada ao 5º DP de Osasco, onde foi ouvida. Ela foi indiciada por abandono de incapaz e liberada. “A lei não prevê prisão provisória nesses casos”, afirma o delegado-assistente Daniel Borgues.

O bebê está sob os cuidados do Conselho Tutelar, que vai encaminhar a mãe para um tratamento do vício em drogas. “No fundo ela gosta do bebê, mas é uma pessoa doente, que não tem condições de cuidar dele”, diz a conselheira tutelar Rosi Ribeiro, responsável pelo caso. O Conselho Tutelar vai procurar a família da mãe para verificar se algum parente tem condições de ter a guarda da criança. Um relatório será encaminhado à Vara da Criança e Juventude.

A criança ficará no Centro de Referência da Criança até que a Justiça anuncie a sua decisão.

A Prefeitura de Osasco informou que tenta tirar das ruas pessoas em situação de risco, mas que elas recusam a ajuda.

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