Pescadores relatam as dificuldades financeiras após a piracema

A associação dos pescadores aguarda uma reunião que está prevista para acontecer ainda este mês

A insatisfação dos pescadores com o seguro recebido durante piracema provoca discussão e o pedido de revisão do projeto. Os pescadores profissionais contam com a ajuda de um salário mínimo para se manter durante os quatro meses em que a pesca fica fechada.

O presidente da Colônia dos Pescadores de Três Lagoas, Antônio de Souza, salientou a necessidade da revisão do benefício, já que a renda é insuficiente manter uma família. “A renda média de um pescador fora do período da piracema é de R$ 1,200 a R$ 1,300 como o pescador pode pagar suas despesas como água, luz, alimentação com uma renda de R$540? Não dá”.

A maioria dos pescadores têm que buscar outros meios para aumentar a renda, alguns possuem freezer e estocam peixe, outros economizam durante todo o ano para passar esse período e alguns chegam à necessidade de pedir empréstimo”, salientou Souza.

Atraso da parcela do benefício

O cadastro realizado pelo governo para ter acesso á esse benefício, segundo o presidente, foi feito com atraso e cerca de 70 pescadores ainda não receberam a última parcela do benefício.

A associação dos pescadores aguarda uma reunião que está prevista para acontecer ainda este mês, em Campo Grande, com a presença dos presidentes das colônias de pescadores de Mato Grosso do Sul e o Ministério da Pesca e Aquicultura, quando serão discutidos esses reajustes e outras propostas.

Souza também relatou a insatisfação em relação à proposta normativa criada pelo governo, que veta a emissão de carteira profissional em um ano, prejudicando muito a categoria, já que o documento leva um ano para ser emitido, ou seja, serão dois anos sem emissão de carteira profissional de pesca.

Nota do GDP = Uma solução viável, seria incentivar e financiarem as Colônias de Pescadores a iniciarem a criação de peixes, com peixes típicos da região.

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