Internet via Energia Elétrica já é realidade em Casa de Cultura e Cidadania de Osasco

O município de Osasco mais uma vez sai na frente e está entre as primeiras cidades do país que já utilizam a tecnologia BPL (Broadband Powerline), que fornece internet de banda larga por meio de redes elétricas.

Há pouco mais de um mês este novo recurso está sendo utilizado pelos usuários do Centro de Inclusão Digital – CID Jardim Bonança, localizado na Casa de Cultura e Cidadania do Colinas D’Oeste, popularmente conhecido como Morro do Socó, na zona norte de Osasco. Neste período, mais de duas mil pessoas já utilizaram e aprovaram a facilidade para a utilização de internet Banda Larga.

Desde que foram regulamentadas, em abril deste ano, as condições de uso deste sistema vem sendo bastante discutidas pelas agências de Telecomunicações (Anatel) e de Energia Elétrica (Aneel) que, ao mesmo tempo, estão realizando testes em várias cidades do país.

O projeto, em Osasco, é fruto de uma parceria entre Prefeitura, Governo Federal, empresa H. Mellilo e a AES Eletropaulo, que oferece toda a estrutura tecnológica. Para a Anatel a principal vantagem dessa tecnologia é o fato de ela aproveitar uma estrutura já existente para chegar a regiões onde alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis.

De acordo com os monitores do CID Jardim Bonança, no último mês já foram mais de cinco mil acessos. “Recebemos pessoas de todas as idades, desde crianças de seis anos até adultos de mais de 60, que utilizam a internet para os mais variados assuntos. Desde brincadeiras até acesso a sites de empregos, lojas virtuais e páginas de órgãos públicos”, explica Roseli Queiroz.

Ainda de acordo com a monitora a internet chegou a esta região também como uma importante ferramenta no processo de aprendizagem das crianças. “As vezes percebemos que algumas crianças quando chegam até aqui estão com sérias dificuldades de aprendizagem na escola, inclusive no processo de alfabetização. Mas quando elas sentam na frente do computador a história é outra, a vontade de aprender é tanta que nós acabamos ensinando o alfabeto e elas em duas semanas já não pedem mais a nossa ajuda, conta. Mesmo no período de férias escolares, o maior passatempo delas (crianças) é ficar usando os computadores, o que evita de que eles fiquem nas ruas quando estão com o tempo livre”, complementa Roseli.

Centros de Inclusão Digital

Implementada pela atual gestão desde 2006, a política pública de inclusão digital é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão – SDTI/PMO, por meio dos Centros de Inclusão Digital – CIDs, que são locais equipados com 10 a 30 microcomputadores, todos conectados à internet, onde os cidadãos têm acesso gratuito às tecnologias da informação e da comunicação – TIC´s.

Nestes espaços são oferecidos cursos de informática onde a população aprende desde noções básicas sobre o funcionamento dos computadores, sistemas operacionais livres e proprietários, suas ferramentas e funcionalidades. Além disso, os espaços também oferecem acesso para a livre navegação com internet banda larga.

São 14 Centros de Inclusão Digital, onde 7 estão localizados na zona norte, 5 na zona sul e 2 no centro de Osasco. Já são mais de 11 mil pessoas cadastradas que utilizam os serviços dos CIDs. Somente no mês de outubro cerca de 600 pessoas participaram dos cursos oferecidos por esses locais em várias regiões da cidade.

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