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Vê, estão voltando as flores
Vê, nesta manhã tão linda
Vê como é bonita a vida
Vê, há esperança ainda.
Com a chegada da primavera, vêm à minha mente os belos versos de Paulo Soledade, cantados com tanta beleza por artistas como Elen de Lima, Elizeth Cardoso, Altemar Dutra, Emílio Santiago, Dalva de Oliveira, Simone, Nelson Sargento, Miltinho e outros.
Sim, é setembro e estão voltando as flores.
Pena que não voltem sozinhas, mas venham acompanhadas de tanta tristeza e de tanta preocupação com nosso país e seu futuro. Uma das notícias mais preocupantes é o ressurgimento do peleguismo sindical em grande forma, ocupando postos que não lhe cabem na máquina do governo, nos ministérios, nas agências reguladoras, empresas estatais e paraestatais, fundações, prestadoras de ser-viço para os diversos níveis do governo, peleguismo abastecido em sua gorda caixa pela contribuição sindical obrigatória de um dia de salário de cada trabalhador sindicalizado – e o são todos os trabalhadores com carteira assinada, por força de lei – livre de impostos e dispensado de prestar contas a quem quer que seja sobre o destino dado a esse dinheiro. É, sem dúvida o melhor emprego que existe. É, também, clara evidência de corrupção.
Com tais regalias, o governo compra o silêncio dos trabalhadores e de seus pretensos representantes. De fato, você viu, nestes quase oito anos de desgoverno, greve de trabalhadores? Somente em estados governados pela oposição, o que demonstra a direção governista que orienta o movimento sindical, comprado para aplaudir a máfia governamental e criar problemas para os dirigentes oposicionistas.
Seria útil olharmos um pouco para o passado recente e vermos o que o compadrio entre governo e sindicatos tem produzido: Mussolini e fascismo, Perón e justicialismo, Jango e peleguismo…
Também devemos lembrar que essa infiltração é insaciável e que não admite perder os privilégios que conquistou, exigindo cada vez mais poder e mais benesses. Nem pensam em alternância no poder, tão necessária para oxigenar a democracia. Em todos os casos, só foram apeados das posições em que se encastelaram pela força. O descalabro que produziram exigiu soluções violentas e traumáticas, que custaram doloroso preço para as sociedades por eles dominadas.
As nações que não zelam pelo profissionalismo no serviço público, permitindo a venda e troca de cargos e funções entre os apaniguados do governante, que cria cada vez mais cargos “de confiança” para poder dominar o dito serviço, distribuindo gratificações disfarça-das – com siglas como FG, DAS etc – para saciar os beneficiados, enquanto os funcionários de carreira são deixados de lado, a não ser que resolvam aderir à festa, em algum momento terão que pagar a conta de sua falta de caráter cívico e de coragem política. As eleições são o momento por excelência para fazer esses acertos, mas parece que, por enquanto, o problema não é visualizado pelo grande público, e quem o denuncia é taxa-do de catastrofista e adepto de teorias conspiratórias.
Quanto mais se prolongar o aparelhamento sindical, mais difícil e mais doloroso será extirpar o cancro. Não quero, no entanto, ser pessimista, apenas observar que é bom ficarmos atentos para evitar a surpresa.
Afinal, é primavera, e como continuava o poeta:
Vê, as nuvens vão passando
Vê, um novo céu se abrindo
Vê, o sol iluminando
Por onde nós vamos indo
Gen Div Clovis Purper Bandeira
1º Vice-Presidente do Clube Militar
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DIRETO DO CLUBE MILITAR – ESTÃO VOLTANDO AS FLORES.