ESN: 16675-080201-838850-87
Durante toda a evolução humana e até bem pouco tempo, a ciência médica era incapaz de curar qualquer ferimento grave ou que infeccionasse. Até a Segunda Guerra Mundial, grande parte dos que sofriam ferimentos que infeccionassem, tinham grandes chances de morrer.
Também até bem pouco tempo, a AIDS era uma sentença de morte que seria cumprida poucos meses após a manifestação dos sintomas. Sem falar nos vírus que somente na década de 1940 puderam ser vistos. De lá para cá, a ciência médica evoluiu a passos largos e hoje já estamos pensando na terapia genética. É uma verdadeira maravilha. O domínio do homem sobre os males que podem levá-lo a morte.
Mas, se você é brasileiro (e não desiste nunca) e precisa de antibióticos, terapias genéticas, álcool, gaze, esparadrapo, gesso e simples cirurgias para reparar fraturas, cálculos biliares, renais e mais essas “bobeirinhas” que são resolvidas rapidamente em qualquer lugar do planeta; sabe está recebendo uma sentença de morte.
Se você é pobre e depende do SUS, ou usa medicamentos caríssimos para prolongar a sua vida, nosso país reserva para você, um dos cidadãos mais necessitados, a ciência médica que chocaria um barbeiro medieval (na Idade Média, os médicos eram também barbeiros e chamados assim).
Problemas simples, que poderiam ser solucionados rapidamente, em cirurgias de uma ou duas horas; são agravados por uma torturante demora no atendimento que pode levar semanas ou meses. E, é claro, agravar o estado do paciente, aumentar os gastos do sistema e levar o “sortudo” à morte.
Foi o caso de um aposentado aqui no Rio. Ao quebrar a perna e necessitar de uma cirurgia relativamente simples e corriqueira; ele foi encaminhado para um hospital público. Já sua sentença de morte estava decretada. Após peregrinar na ambulância em busca de vagas por horas, foi “internado” num posto de saúde que não era aparelhado para atendê-lo. Permanecendo com a perna fraturada por “singelos” doze dias. Apenas na segunda-feira (18/08), ele foi transferido para o hospital de Saracura e operado. Resultado? O óbvio; morreu na mesa de cirurgia vítima de embolia pulmonar (comum em casos de fraturas e pessoas acamadas por muito tempo).
O que mais espanta, é o fato de sua família ter permitido que isso acontecesse. Como? Crueldade? De que forma eles poderiam agir? Se soubessem atuar como cidadãos, entrariam com uma ação judicial que obrigasse o tratamento imediato ou a remoção para um hospital particular as custas do governo. Mas, infelizmente, a maioria dos cidadãos desconhece seus direitos e morre a míngua nos hospitais públicos dependendo da caridade de médicos que são meros mercenários hipócritas e de políticos que apenas riem dos miseráveis que se espremem nos corredores sujos e lotados; e ainda fazem fila para a cerimônia do “beija-mão” quando seus senhores se dignam a aparecer em suas comunidades miseráveis.
A falta de informação e a falta de cidadania de nossa população; aliadas a sua passividade bovina e seu enorme talento para ser “boa gente”, é o que provoca essas mortes bárbaras e nos obriga a tomar conhecimento de notícias que eram para inexistirem desde o fim da Idade das Trevas (Idade Média).
Mesmo que a justiça lhe negue uma liminar, leve seu parente a um hospital particular. Pague com um cheque e suste-o. Arrume testemunhas de sua peregrinação e obtenha um laudo informando a gravidade do caso. A lei prevê que o direito a vida é superior ao direito econômico. Logo, você sairá inocentada e não precisará pagar nada. Transfira a dívida para o Estado através da ação judicial.
Use a Constituição e as leis a seu favor. Aja como os “colarinhos brancos” fazem. Explore as brechas da lei a seu favor. VIVA e não se deixe matar facilmente pela incompetência, pela insensibilidade de profissionais que priorizam o dinheiro ao invés da vida humana e, muito menos, não se deixe matar pela ausência de homens de bem no comando do seu Estado ou Município.
Pense nisso.
CIÊNCIA E MORTE., EVOLUÇÃO, vida
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