É interessante notar como o conceito de igualdade varia na sociedade conforme a situação. Exemplos não faltam.
Na hora do voto somos todos iguais, o velho discurso, somos todos brasileiros, variando sempre quando as eleições são municipais ou estaduais. É aquela coisa, político comendo comida que não comeria nunca, sentando do lado do borracho no boteco, carregando criança cagada, tudo para agradar igualmente a todos, dos mais ricos que lhe cedem a grana que financia sua campanha até o mais pobre que busca neste homem público uma chance de melhorar a sua vida e a de seus próximos.
Mas passada a eleição o povo deixa de ser visto com igual. Os que financiaram continuam sendo importantes como antes da eleição, porém os demais perderam sua importância, já não iguais. Não me refiro a nenhum partido político de hoje ou de ontem. E sim ao esquema político de sempre no Brasil, anos e anos, muitos anos.
Até na hora da violência a igualdade muda. Se alguém da elite nacional sofre uma agressão ou um prejuízo provocado por terceiros, isso se torna escândalo nacional, vide o caso Luciano Huck (lembrado a mim recentemente por alguém que não me lembro quem!hehe) e também do menino João Hélio. Nesta hora órgãos de imprensa e personalidade vão às ruas ou às telas pedir justiça imediatamente.
Porém, se o mesmo ocorre com pessoas desimportantes para o centro mandante nacional, pessoas que vivem duras vidas à margem de qualquer olhar do poder público, não irá ocorrer nenhum tipo de manifestação, óbvio. Pra que? É capaz ainda de dizerem que foi bem feito, merecido.
Você deve estar se perguntando, “onde esse cara quer chegar?”.
Não somos iguais, nem que queiramos muito. A afirmação de que somos todos iguais é uma grande falácia. Todos nós possuímos sentimentos, anseios e visões diferenciadas. Querer igualar tudo isso deveria ser crime.
O capitalismo tenta transformar todas as pessoas em iguais, fazendo-nos perder a identidade, não sendo nós mais os mesmos para “subirmos na vida”, ou pior, “ser alguém na vida” (essa é terrível).
Somos diferentes. E isso é muito bom. Para se ter uma convivência sadia é necessário RESPEITO!! Respeitar as diferenças!!
Ser diferente não é certo e nem errado. É apenas… diferente! Temos muito ainda o que aprender como nossas diferenças!
Finalizando isso que já tá muito extenso deixo aqui o clipe da música Ninguém = Ninguém do Engenheiros do Havaí. Nem curto muito essa banda, mas essa música é bacana.
Bom fim-de-semana!