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A história recente do Brasil está repleta de mentiras e meias verdades. Algumas delas são bem conhecidas como a “Revolução” acontecida em 1964. Outras são propagadas de forma tão maciça e tão covardemente encampadas por historiadores ideologicamente alinhados com os responsáveis por elas, que tomaram a forma de grande verdade universal. Uma dessas mentiras é a falácia da “luta pela democracia” dos movimentos guerrilheiros daquela época.
Quem estudou história, de verdade, e leu os manifestos desses movimentos; encontrará claramente descrito – com todas as letras – o desejo de implantar, no Brasil, uma ditadura proletária. Exatamente nos moldes da falida URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Mas, isso não interessa. É passado. E tanto a URSS quanto o sonho comunista hoje são restos apodrecidos e velhos conceitos em livros antigos. Até a China e Cuba já perceberam que é necessário mudar para não morrerem. Não é mesmo?
Infelizmente, as “Viúvas Vermelhas”, os “Românticos de Cuba” e uma série de pessoas que teima em viver no século XIX – ou no início do século passado – ainda cultuam o caráter do atraso e do pensamento falido quando se diz “de esquerda”. Mas, isso não passa de mero jogo de cena e uma forma de conseguirem se manter no poder pelo maior tempo possível. Pois, na intimidade, adoram mesmo um carro do ano, grandes mansões, uma boquinha bem remunerada numa estatal e a chance de deixar a classe proletária o mais rapidamente possível (exemplos não faltam).
Essa gente é “de esquerda” porque, afinal de contas, ser “de esquerda” é “sexy”. É “moderno”. É ser “consciente” e “preocupado com as massas” – mesmo quando rouba verbas públicas e se tornam responsáveis pela morte de bebês índios no Amapá. É ser “um guerreiro da liberdade” (mesmo que essa liberdade seja a própria liberdade financeira). E, acima de tudo, ser “de esquerda” é muito proveitoso.
Pois, graças a uma enorme massa alienada que se importa apenas com o tremular da bandeira vermelha e faz questão de ignorar toda a podridão que ela encobre, isso confere ao “esquerdista” o incrível poder da invisibilidade quando o assunto é mamata e roubalheira. Basta garantir que a massa de semiletrados, mal instruída e adestrada ignorará qualquer roubo, qualquer desvio e qualquer enriquecimento ilícito enquanto você for “de esquerda”. Já que tudo será fruto de “perseguição política”, do “preconceito” por sua mãe ter nascido analfabeta ou pelo fato dos que o acusam não gostarem do “cheiro do povo”.
Pois é. Esse pessoal foi derrotado várias vezes. Pelos militares, pela economia, pela história e pela realidade. Mas, como todo bom grupo de sonhadores, sempre há alguém a espreita – aqui ou ali – aguardando uma oportunidade para erguer a bandeira vermelha, gritar slogans legais, enganar as massas, assumir o poder, tomar de assalto os cofres públicos, enriquecer rapidamente (e de forma fácil) e lutar – com unhas e dentes – para que ninguém os tire mais de lá.
Pouco importa se, nesse processo, milhares tombem mortos pela falta de recursos desviados; que as elites esquerdistas se cerquem de privilégios; que se perca a estabilidade econômica duramente conquistada; que se faça seu povo mergulhar no pesadelo – ainda tão vívido – da carestia e da desilusão econômica.
O que interessa mesmo é socializar a miséria e garantir a riqueza apenas para as elites partidárias e seus aliados fisiológicos, como foi feito na URSS, em Cuba, na Coréia do Norte e em qualquer outro lugar que esse sistema de governo surgiu.
Agora, no exato instante em que você lê este artigo, alguns políticos velhacos, ligados a vários escândalos de corrupção e ao enriquecimento rápido e inexplicável preparam o golpe final para fundarem um protótipo de União Soviética bem aqui; no nosso quintal.
Duvida? Não seja inocente, caro leitor, a proposta de reforma política tão avidamente enfiada goela abaixo do Congresso pelo PT cria um sistema bem parecido com o sistema soviético de escolha de parlamentares. Em breve, não teremos mais um Congresso Nacional; mas sim um Politburo encravado no Planalto Central do Brasil. De quebra, eles desejam eliminar, numa só tacada, a capacidade do eleitor de votar em quem quiser e submeter, todos nós, à vontade do “Partido”.
Exatamente como na antiga URSS, o partido decidirá quem será oferecido para concorrer às eleições. Será uma elite partidária a encarregada de escolher em quem você poderá votar. Isso implica na criação imediata de uma ditadura partidária. Pois, fica claro que só os caciques do partido ou aqueles extremamente “alinhados” terão vez. Uma nova liderança, fresca e limpa, que surja; dificilmente terá lugar na tal lista se não pactuar com os caciques e beber na mesma fonte que eles preconizam.
Assim, fica afastada qualquer hipótese de renovação de quadros e os mesmos velhacos corruptos continuarão a ser oferecidos eleição após eleição. Desta forma, fica assegurada a eles a possibilidade de continuarem “progredindo na vida” e dando, aos seus familiares, a certeza de muita riqueza e muita fartura no futuro. Continuarão aparecendo políticos que elevaram seu patrimônio vinte vezes, em cinco anos – como Palocci – e filhos de presidentes que deixaram de ser meros estagiários num zoológico obscuro; passando a donos de uma das maiores fortunas do país em apenas oito anos. Isso sem falar nos famosos “consultores” e “prestadores de serviço” – como José Dirceu e outros – recebendo grandes fortunas por “serviços prestados” a empresas que, misteriosamente, logo depois conseguem gordos contratos com o governo.
E você, que lutou pelas “DIRETAS JÁ”; que chorou de alegria com a queda da ditadura; que pintou a cara para derrubar Collor; que pediu “ÉTICA NA POLÍTICA” e que gritou “FORA SARNEY” se vestirá de palhaço e se juntará a um bando de outros palhaços felizes como você, enquanto caminha serenamente para a urna eleitoral mais próxima e participa do verdadeiro circo em que eles transformaram a nossa democracia.
Pense nisso.
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UM POLITBURO, ALGUNS VELHACOS E UM BANDO DE PALHAÇOS.
