RIO, VITÓRIAS E DERROTAS.

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A eleição acabou. Sem dúvidas uma das mais acirradas da história da cidade e uma vitória clara do jeito antigo de fazer política e da máquina administrativa. Com a fiscalização e o poder de punição pífio do T.R.E. e do T.S.E., o convencimento através de mentiras e de panfletos apócrifos “rolou solto” na véspera e no dia das eleições.

A apreensão de farto material favorável a Eduardo Paes que afirmava e divulgava “propostas” do candidato Gabeira como a legalização da prostituição, a liberação das drogas e o fim do crime de abuso sexual contra menores acertaram “em cheio” a cabeça do eleitorado indeciso e que não tem o devido entendimento de que um prefeito jamais poderá fazer coisas como estas por não serem de sua competência. O caso da prostituição é ainda mais gritante, porque a prostituição sequer é crime em nosso país.

Outros detalhes também influenciaram. Coisa como a grande abstinência (cerca de 20%) e um “feriado” decretado estratégica e inexplicavelmente pelo Governo de Estado para a segunda-feira pós-eleição e que transformou o final de semana num feriadão. Os estranhos acontecimentos relatados, por uma eleitora, que alegou ter chegado para votar e foi informada, por um mesário, que não poderia fazê-lo; já que uma outra pessoa havia votado em seu lugar por “erro” da mesa. E a estranha denúncia de que seções eleitorais foram montadas com cabos eleitorais que se “ofereceram voluntariamente” para mesários (em determinadas áreas da cidade) e após um apanhado dos eleitores que se abstiveram de votar efetuaram a votação em lugar desses.

Este último caso fica ainda mais esdrúxulo ao saber-se que a denúncia sequer será investigada pelo T.R.E. (bastava apenas cruzar a lista dos abstêmios com a de justificantes). Ao ser informado da denúncia, o presidente do T.R.E. disse que a “justiça não trabalha com achismos”. Mas, por que não investigar? Já que a constatação de uma possível fraude desta natureza seria facílima.

Agora resta a Fernando Gabeira entender porque perdeu a eleição. Se pelo excesso de “salto alto” ou porque não conseguiu comunicar-se adequadamente com o povo menos ligado em política e menos instruído. Num eleitorado como o brasileiro (onde a maioria que decide a eleição mal consegue entender textos mais longos) encontrar um candidato que recusa “descer ao nível do eleitor” é uma condenação ao fracasso. Faltou a Gabeira a veemência necessária para ressaltar os problemas provocados pela subserviência e o oportunismo político de Eduardo Paes e, principalmente; faltou a Gabeira fazer o eleitor comum perceber que alguém que muda de opinião como quem troca de roupa não pode ser lavado a sério quando faz promessas.

A nós cariocas, resta torcer e rezar para que Eduardo Paes cumpra 10% do que prometeu nas áreas mais críticas de nossa cidade que, sem nenhuma dúvida, são a saúde e a educação. Além disso, esperar que ele realmente consiga ter a presença de espírito necessária para não ser apenas um “secretário para assuntos do Rio de Janeiro” e use a cidade como trampolim político para as pretensões de Sérgio Cabral em relação a 2010.

Perder mais quatro anos com uma administração ruim e desconectada da vontade do povo carioca; será um golpe fatal para uma cidade que já agoniza após ser governada por um dos piores prefeitos que já ocupou o cargo em nossa cidade e que já vai tarde.

A Eduardo Paes, os bônus da vitória e os ônus dos enormes problemas que deverá enfrentar assim que assumir o cargo. Que seja bem sucedido e plenamente vitorioso.

Para o bem de nossa cidade.

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