“… reconhece a queda, e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.”
(Paulo Emílio Vanzolini – compositor– Música: Volta por Cima)
A palavra resiliência contém em si uma conduta essencial a qualquer profissional que se encontra no terceiro milênio e que deseja sobreviver neste mercado globalizado e de grande competitividade, que é a autoconfiança. Autoconfiança no exercício da função é hoje, mais do que nunca, fator sine qua non de sucesso. A superação dos obstáculos advém de uma força motriz que é considerada indispensável nos dias atuais, força esta que o impulsiona a agir, fazendo com que o profissional acredite em seu potencial, sendo denominada autoconfiança.
Resiliência é um termo encontrado na Física, que configura a capacidade que um corpo possui de, logo após ser submetido a um impacto, retornar ao seu estado normal sem se desconfigurar.
Assim, o profissional resiliente, após ter enfrentando uma série de problemas, crises e/ou dificuldades em sua vida profissional, através da autoconfiança, possui forças para seguir em frente, não “remoendo” o acontecido e nem focando o problema, mas sim com olhares e foco na solução do mesmo.
É sabido que em meio a esta era de mudanças e incertezas, o profissional resiliente é cada vez mais cobiçado pelas empresas do terceiro milênio, pois, além de saber lidar e gerenciar as dificuldades, crises, e/ou problemas que porventura aparecerem no decorrer da caminhada, sabe lidar com os imprevistos, sabe resistir aos entraves, às mudanças e às pressões, mantendo o equilíbrio emocional nos momentos de tensão e fazendo deste momento crucial uma lição para sua vida, não se entregando, e muito menos se deixando abater e/ou desanimar e até mesmo se autodestruir diante das adversidades; logo, encara as adversidades de frente, com um discurso otimista, porém realista, fazendo das adversidades, oportunidades.
Somados a isso, diante das adversidades, dificuldades, crises e/ou problemas encontrados, o profissional resiliente avalia com muita clareza seus pontos fracos e atua com todo afinco para transformá-los em pontos fortes, promovendo adaptações imediatas, visualizando os problemas como oportunidades e assim, não só contornando, mas também revertendo toda situação negativa existente e por conseqüência, se erguendo novamente; desta forma, as dificuldades e/ou problemas passam a ter uma conotação diferente, pois, além de impulsioná-lo a se auto-avaliar, provocam mudanças e são percebidos como oportunidades.
Nota-se que, através do exercício do pensar e do repensar, o profissional resiliente se auto-avalia, muda a forma de enxergar o problema e alcança o aprendizado; por conseguinte, mudam-se as atitudes, posturas e condutas diante da vida pessoal e profissional, uma vez que este profissional se torna mais flexível e criativo, além de ter uma capacidade maior para tomar iniciativa e de realizar adaptações, de resistir às pressões e de superar os problemas; desta forma, não somente promove o seu auto-desenvolvimento, como também contribui e muito para promover o desenvolvimento organizacional.
É importante salientar que o profissional resiliente, sabe compartilhar com sua equipe seus objetivos, anseios, problemas, crises e/ou adversidades, uma vez que enxerga cada profissional em sua volta como um ser pensante e inteligente, capaz de ajudá-lo a transpor e a superar cada obstáculo encontrado, fazendo de cada obstáculo um desafio e, com muita garra, muita vontade de vencer e com muito otimismo, porém, de forma realista, conduz e promove a integração entre todos os envolvidos, que através de reuniões expõem-se a real situação, promove discussões, apontam-se estratégias, alternativas, pontuam as forças e fraquezas, enfim, realiza-se um diagnóstico do problema vivenciado, fazendo uma auto-avaliação, pontuando também as causas e conseqüências do mesmo, tomando iniciativas em tempo hábil, visualizando soluções; contudo, tendo sempre o cuidado de fazer deste momento um somatório de forças, em prol da concretização do esperado.
Diante da exigência do mercado, é fato notório que hoje cada profissional, se quiser sobreviver em qualquer empresa, deverá ser um intra-empreendedor, tendo como uma das características marcantes a resiliência. Por outro lado, é de se esperar que empresas optem por possuir em seu quadro funcionários resilientes, uma vez que através destes alcançarão o desenvolvimento, bem como o crescimento organizacional esperado, tendo maior chance de permanecerem neste mercado altamente competitivo que ai está. Portanto, é de suma importância que o profissional perceba que atitudes resilientes fazem toda a diferença, caso contrário, este profissional, assim como a empresa, correrá o risco de ser esmagado e expulso do mercado.
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC – Vale do Aço.
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