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Quando se vive na miséria e na ignorância, cabe muito pouco discernimento e capacidade de percepção ao ser humano. Nós já adoramos a lua, o sol, os raios, os vulcões, estátuas das mais diversas formas e tudo o que você puder imaginar. Mas você poderá alegar que isso era fruto da ignorância da humanidade. E você está absolutamente certo.
O homem começou a enterrar seus mortos (lá pela época do Homem de Cro-Magnon) em terras que ele não podia aproveitar como os pântanos, por exemplo. E, durante a putrefação dos corpos, os gases produzidos se inflamavam ao entrar em contato com a atmosfera e eram vistos pelos nossos ancestrais “subindo aos céus”. Nascia a “alma” humana.
Daí para frente, o homem buscou explicar os mistérios que observava a sua volta através da vontade de um “ser supremo” (ou de seres supremos). Com isso, o misticismo forneceu as armas apropriadas para que um certo grupo de homens se estabelecesse com grande status social e fosse dispensado das pequenas, perigosas e estafantes tarefas diárias que eram partilhadas pela comunidade tribal. Surgiam os sacerdotes.
Como seres dotados de responsabilidades junto aos deuses, esses homens, ditavam as mais variadas regras e exigiam tributos de todos os integrantes do grupo, como forma de apaziguar e conquistar favores dos “deuses”. Quando alguma voz se levantava contra os pesados tributos ou alguma catástrofe natural explodia sobre a tribo, os sacerdotes rapidamente evocavam o terror entre os seus fiéis de que os “deuses” estariam furiosos e haveria sérias punições para todos, caso os “deuses” não fossem satisfeitos. Assim, eram oferecidos sacrifícios de toda espécie e exigidas oferendas ainda maiores de toda a tribo.
No Egito Antigo, isso ficou bem claro na história bíblica de José. Enquanto a fome grassava no país e o povo morria de inanição, os sacerdotes “curtiam” fartas reservas nos templos e exigiam ainda mais “oferendas”. Até que José confiscou seus suprimentos e os adicionou aos armazéns do Faraó. Algo muito semelhante é narrado pela história em relação ao Antigo Império Romano.
Ao longo de toda existência da humanidade, a religião e “à vontade de deus” foram usadas para justificar fenômenos naturais, crimes, incompetências e (principalmente) para “esfolar” os fiéis das mais variadas riquezas e posses. A Igreja Católica elevou esse poder ao “estado da arte” durante a Idade Média; quando até o perdão dos pecados devia ser comprado.
A ignorância e a imaturidade espiritual de nosso povo sempre foi um prato cheio para espertalhões e aproveitadores que sempre estendem suas garras pela multidão. Sempre em busca dos desesperados, dos desenganados, dos que se sentem à margem da vida e mesmo pessoas teoricamente mais bem aparelhadas mentalmente podem ser seduzidas, num momento de desespero e de problemas “insolúveis”, pelo “canto da sereia” que é inteligentemente entoado assim que eles percebem as fraquezas e os pontos sem defesa, na armadura de um determinado indivíduo.
Essa falta de maturidade espiritual e a vida imersa em um mar de superstições idiotas e arcaicas aliadas também a ausência da simples capacidade de interpretar textos e analisar exemplos; faz de nosso povo uma fonte de dinheiro fácil e um foco multiplicador para esses falsos profetas.
A “Igreja” Renascer nada mais é do que uma constante fonte de ocorrências policiais (aqui e no exterior); frequentemente estando exposta nas páginas dos jornais como protagonista de escândalos financeiros ou de episódios de explícito desrespeito ao ser humano. Seus “donos” estão presos nos E.U.A. por fraude fiscal. Aqui respondem a diversos processos por lavagem de dinheiro, sonegação e outras “coisinhas mais”. O respeito que têm com os seus fiéis pode ser medido pela importância que deram a manutenção de seu templo (que desabou recentemente); contratando empresas ilegais e sem a devida qualificação para realizar as obras (mais em conta) que acabaram por ceifar inúmeras vidas.
Ao invés de oferecem o seu apoio e assistência, ameaçam as vítimas e as autoridades que buscam justiça para os mortos na tragédia com a seguinte declaração da “bispa” Sonia: “- É bom não mexer conosco, ou nos levantaremos para perseguir nossos inimigos assim como nos perseguem”.
Essa frase é dita no momento em que “obreiros” percorrem as filas de cadeiras portando máquinas sem fio para leitura de cartões de crédito e débito, recolhendo freneticamente dinheiro entre os “fiéis”. Esses são os líderes espirituais que você segue?
O mais engraçado de tudo isso é que o principal interessado; o “representado” pelos “bispos” da Renascer: Jesus Cristo – foi o primeiro a dizer: ”Basta que duas pessoas se reúnam em meu nome e lá estarei”. Obviamente, com isso, ele mandou a mensagem poderosa de que não são necessários templos pintados com céus e nuvens; imóveis luxuosos e que ostentem riquezas e, muito menos, grandes ou pequenas contribuições a qualquer espertalhão aproveitador para falar em nome Dele.
Cristo foi um dos primeiros humanos a ir diretamente contra os sacerdotes, os templos e a máquina de arrecadação de riquezas que gira em torno deles.
E foi exatamente por isso que Ele morreu.
Pense nisso.
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RENASCER, A HIPOCRISIA. A IMBECILIDADE E A IMATURIDADE.
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