São Paulo tem dessas coisas. Capital econômica do Brasil, um centro de referência para universidades e centros de pesquisa. Lar de algumas das mentes mais brilhantes, em todas as áreas, da nação. Contudo um estado politicamente estranho.
Volta e meia somos atormentados por “seres estranhos” alçados ao cenário político nacional por São Paulo. Não bastasse o folclórico Enéas e o indefectível Paulo Maluf. Um dos políticos mais execráveis do planeta. Com uma longa lista de crimes e, principalmente, um verdadeiro mágico no que diz respeito a fazer dinheiro público desaparecer e se materializar na Suíça ou em outros paraísos fiscais.
Graças à “velocidade” e a “destreza” de nossa justiça, ele raramente é condenado em algum processo. Mas as provas estão aí, são gritantes e já o tornaram motivo de chacotas; me atrevo a dizer, até mundialmente. O eleitorado sabe, vê e diz abominar. Contudo, basta que ele se candidate e SEMPRE tem uma votação gigantesca.
Outra figura é a atual ministra e ex-prefeita Marta Suplicy. Incompetência e ineficiência parecem fazer parte de seu nome. Pois consegue estar à frente de uma pasta importante e, nem sequer, está preparada para dar declarações a imprensa. O emblemático episódio do caos aéreo teria sido suficiente para enterrar a carreira política de qualquer um em qualquer país europeu ou norte-americano. No entanto, aqui em nossas terras tropicais, além de continuar a frente do ministério, ainda deve sair candidata à prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.
O motivo é simples: Pelas pesquisas, é uma das candidatas mais votadas. Será que há falta de uma liderança expressiva em São Paulo? Será que o povo paulista comporta-se como um interiorano ou sertanejo do agreste, fixando-se em eleger apenas os “coronéis” de sempre. Os mesmos que trocam de cargo e de posicionamento conforme a eleição, apenas alternando a perpetuação do poder de suas “famílias”?
É no mínimo estranho que um estado tão poderoso e tão evoluído, atenha-se sempre aos mesmos nomes. Será esse o indício de que os bons estão afastando-se da vida política? Afinal, lembro-me de quando Antonio Ermírio de Moraes saiu candidato a uma indicação para concorrer à presidência por São Paulo e, de repente, retirou-se da disputa. Sua justificativa: “Esse mundo da política não é para qualquer um. O Jogo lá é pesado…”
Essa declaração mostra que talvez o homem bom e honesto, seja afastado da disputa por um jogo de cartas marcadas armado para favorecer sempre as mesmas figuras nefastas que emporcalham nossa política. Talvez, a estrutura viciada e corrompida de nossos partidos, seja montada apenas para dar sustentação ao vil e ao corrupto. Garantindo longa vida as oligarquias familiares e aos interesses daquela pequena “máfia” que sempre domina o processo eleitoral.
Cabe a todos nós; paulistas, cariocas, nordestinos, sulistas e centro-brasileiros destruirmos essa estrutura recusando-nos a votar nos mesmos coronéis e nas indicações feitas pelos “caciques” de sempre. A verdadeira revolução deve começar em nossas mentes primeiramente. Assim, ela se espalhará por nossos vizinhos, nossos bairros, nossas cidades e atingirá o auge com a mudança de nosso país. Afinal, cada país é tão bom quanto o povo que tem.
E você; o que pensa disso?