Novembro a primeira leva de peixes já estará com o tamanho ideal para a despesca
Uma parceria do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por meio de sua Superintendência Federal em Minas Gerais, com a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), resultou na implantação de um projeto de aquicultura na na penitenciária Antônio Dutra Ladeira, no município de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte (MG).
Em uma primeira fase foram estocados 1.500 juvenis (peixes jovens, com peso médio de 50 gramas) em dois tanques-rede, uma espécie de gaiola que fica submersa. Entretanto, a previsão é de que uma empresa especializada forneça ao todo seis mil alevinos (filhotes de peixe) para o projeto, ao longo de oito meses. Se tudo correr como previsto, no próximo mês de novembro a primeira leva de peixes já estará com o tamanho ideal para a despesca, ou seja, a sua retirada da água.
Inicialmente, nove presidiários estão sendo treinados para a atividade. Além da formação de presidiários para a piscicultura, o projeto fornecerá um alimento nobre e saudável para os detentos do presídio, através de produção própria. A iniciativa em Minas poderá ser posteriormente aproveitada em outras instituições carcerárias do Brasil.
A espécie escolhida para o cultivo no presídio foi a tilápia. Nativa da África, esta espécie de água doce é uma das mais produtivas para criação em cativeiro.
O projeto de piscicultura conta com o apoio do diretor da penitenciária, David Crawford Júnior, e da diretora de Ensino e Profissionalização da SEDS, Sandra Santos. No MPA, a implantação do projeto é acompanhada pelo engenheiro químico Helder Rodrigues e pelo analista Renato Cardoso, sob a supervisão de Lucas Carneiro, coordenador para Aquicultura. O professor Edgar de Alencar Teixeira, coordenador do Curso de Aquacultura da Escola de Veterinária da UFMG e o técnico do SEDS, Marco Antônio Ripoli, também estão à frente desta iniciativa.
MPA – Ministério da Pesca e Aquicultura