O país todo assistiu hoje a mais uma façanha de nossos políticos maravilhosos. Sem preocuparem-se com nada, afinal todas as despesas estavam sendo pagas pelo nosso dinheiro, diversos políticos de várias cidades, participaram de um animado e concorrido passeio turístico na Argentina e no Uruguai. Hotel; translado; alimentação e, certamente, as compras, foram bancados com recursos públicos.
Confrontados com imagens inquestionáveis, alguns deram a desculpa surrada de sempre: “Devolverei o dinheiro”. A maioria sequer se dignou a responder algo. E esses que disserem que devolverão? Você acredita nisso?
O pior e mais triste é que um tal Instituto Brasileiro de Apoio aos Municípios (IBRAM) é que organiza tudo. E já foi flagrado em outras ocasiões realizando eventos fantasmas como este. Sem que nunca ninguém tenha sido punido ou investigado. São, em média, sete “eventos” por mês; e basta pagar uma taxa para que o parlamentar tenha um “certificado” de participação totalmente frio e possa comprovar os gastos e assim “mamar” uma graninha extra.
Essa é mais uma daquelas coisas que todo mundo sabe; todo mundo vê; mas ninguém faz nada. Perguntas podem ser feitas a partir de uma análise simples: Por que este instituto 171 continua atuando? Por que, se todo mundo sabe dessa falcatrua, não são tomadas providências? Por que, o tribunal de contas ou as corregedorias locais não se empenham em parar essa sangria?
As respostas? Todos nós sabemos: Cada um leva o seu e “fica tudo certo”.
Chega às raias do surreal, escutar o presidente da Câmara de Vereadores de “Deus Me Livre Do Norte” dizer como, num golpe de mestre, criou dezenas de cargos para seus amigos parlamentares com uma canetada e como, em ato semelhante, aumentou as verbas de gabinete em mais do que o triplo.
Mais uma vez, eles tripudiam e escarram em nossos rostos. Mais uma vez, sorriem, enquanto se banqueteiam com a impunidade e a corrupção sistêmica que assola nossa nação. Mais uma vez, vangloriam-se de seus feitos heróicos em prol de suas causas obscuras e infames. Mais uma vez, reduzem tudo que acreditamos a excremento.
E os culpados? Bem, somos nós mesmos.
Somos culpados, quando dizemos: “Eu não voto, logo a culpa não é minha”. Somos culpados quando votamos sem saber em quem; apenas porque o cara é bonitinho ou simpático. Somos culpados, quando nos omitimos e pensamos que um ser mágico virá e melhorará tudo. Somos culpados por não acompanharmos e cobrarmos daqueles que elegemos; que se comportassem com honradez e com respeito à Nação.
Afinal, a democracia, é o regime onde você pode escolher tanto o salvador quanto o seu algoz.
Concorra a um MP4 player de 1 Gb. Saiba mais detalhes aqui.