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Lendo o “ex-blog” do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, tem-se a incrível sensação de que o carioca mora na Suíça ou na Dinamarca. E não numa cidade suja, esburacada e fedorenta; fruto de uma administração que priorizou a megalomania dos grandes espetáculos e esqueceu-se do dia a dia do povo.
Um prefeito que assume a banca rota da cidade e diz que o “povo” preferiu a falência e falta de recursos para que os Jogos Pan Americanos fossem realizados aqui, simplesmente não pode ser levado a sério em nada do que diz.
A realidade é que o prefeito sempre disse que as finanças cariocas iam muito bem. Que a cidade tinha recursos de sobra e que tudo seria entregue a tempo, sem qualquer prejuízo ao funcionamento normal da prefeitura. O que se viu, foi justamente ao contrário. Se não fosse o socorro do governo federal, o Rio de Janeiro, teria pago um dos maiores “micos” do século.
Agora, com a largada inicial das obras do PAC, que trarão empregos e qualidade de vida para milhares de cariocas pobres, nosso “nobre” prefeito destina um grande espaço em seu “ex-blog” para meter o malho no programa e, praticamente, torcer para que tudo vá por água a baixo.
Essa é a posição de um governante que deseja o bem de seu povo? Ou será o simples despeito de um político ambicioso que se preocupa apenas com seu próprio umbigo? Certamente, vemos como clara a segunda sentença. É muito fácil criticar e apontar falhas, sem nunca ter apontado soluções. Seu grande programa de favelas, o “Favela Bairro”, limitou-se a pequenas intervenções em algumas comunidades e nunca se preocupou em levar saúde e educação para as comunidades carentes. Creches e pré-escolas eram ansiadas e desejadas desesperadamente pelas mães locais, que viam nelas uma oportunidade de tirarem seus filhos das ruas e limitarem a influência do tráfico sobre eles.
No entanto, o “nobre” prefeito limitou-se a fazer convênios com algumas creches comunitárias (sempre as deixando na mão por qualquer motivo) e abriu pouquíssimas vagas nessa área do ensino nas favelas. Além de dificultar o trabalho dos CIEPS com a dramática falta de professores.
Nem menciono a situação degradante dos hospitais públicos e do total e absoluto abandono da educação, onde seu maior projeto é a aprovação automática. Onde o prefeito pretende criar uma legião de descerebrados aprovados automaticamente e sem qualquer avaliação; simplesmente empurrando-os para o segundo-grau (sob responsabilidade do Estado) e livrando a prefeitura da necessidade constante de novos investimentos em imóveis e estrutura para um número sempre crescente da população infantil.
Assim, ao invés de unir-se e empenhar-se para que tudo dê certo ou, de certa forma, contribuir para um curso acelerado das obras; ele apenas quer denegrir e apontar falhas sem apresentar uma solução prática para a questão. É a crítica pela crítica.
Nossos políticos, ainda não entendem que o bem geral deve ser sempre a meta primordial de um administrador público. Briguinhas e picuinhas infantis são apenas para criancinhas no playground e não para pessoas responsáveis pela vida de milhões.
Menos umbigo e mais ação. É o mínimo que pedimos.
E você leitor, o que acha?
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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