“A situação do Paraguai não teve nem terá uma nova consideração [do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas, a Unasul]”, disse o presidente. “Nossa posição é clara: o que ocorreu em junho [a destituição de Lugo] foi constitucional.”
Segundo o presidente paraguaio, as autoridades do país “seguirão” se esforçando para a reintegração o mais breve o possível do Paraguai ao Mercosul. “Vamos fazer um esforço para ser respeitado o acordo [do Mercosul] em que o Paraguai é um dos membros fundadores do bloco”, ressaltou.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou que as decisões definidas, na ausência dos paraguaios do bloco, podem ser questionadas. Acrescenta ainda que a suspensão do país pode atingir o projeto de integração do Mercosul. Se não estivesse suspenso, o Paraguai assumiria a presidência temporária do bloco e, não o Uruguai, como ocorreu.
Na Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na sexta-feira (7), os presidentes Dilma Rousseff, José Pepe Mujica (Uruguai), Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname), além da vice-presidenta do Peru, Marisol Cruz, e dos vice-chanceleres Alfonso Silva (Chile) e Monica Lanzetta (Colômbia), assim como o ministro de Minas e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, assinaram um documento, no qual um dos itens se referia ao Paraguai.
Para Franco, a ratificação dos presidentes, na Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, da inclusão da Bolívia e do ingresso da Venezuela ao grupo é “ilegal” e “ilegítima”. Ontem, em Brasília, Morales assinou o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, iniciando o processo de integração, enquanto a Venezuela foi ratificada no bloco.
Edição: Aécio Amado