O que me levou a escrever esse artigo foi minha indignação de alguns desenvolvedores web que se dizem profissionais e resolvem “pegar” um bolo e o mundo ao mesmo tempo, desde projetos institucionais até grandes e-commerces. No final NADA fica pronto e completamente fora do prazo, causando a insatisfação do cliente. Mas o mais terrível é que por causa dessas atitudes nossa área é prostituída, e olha que nem entrei na parte de valores. Conclusão, o trabalho dos verdadeiros, que se empenham e estudam a viabilidade antes de qualquer projeto é prejudicado diretamente.
Bom, agora seguindo após um “desabafo introdutório”, descrevo uma forma de nos localizarmos melhor sobre cada decisão de um novo projeto. Interessante que pode ser aplicado em qualquer tipo de segmento, simples…
Acompanhe: vem aquele contato, um possível cliente. Ocorre a primeira reunião e você tem conhecimento de sua real necessidade (ou não, muitas vezes a iniciativa deve ser sua, pois o cliente não tem idéia do que quer, apenas sabe que é necessário. Mas isso é para um outro dia). Em seguida você sai com sua agenda e com todas as anotações necessárias para elaborar um projeto inicial.
(Aqui já encontramos um erro de muitos. Sem qualquer base retornam imediatamente ao cliente: “ok, fechado, X reais.” Isso é o fim da picada, não é mesmo? Que desespero é esse?)
Vamos ignorar a possibilidade desse primeiro erro acontecer, certo? Após ter colocado a cuca pra pensar sobre suas anotações, é gerado um projeto inicial focando conhecimento das necessidades para realização e de sua CAPACIDADE de execução (estamos falando de conhecimento técnico).
E agora?
Devemos nos perguntar, para cada projeto que chega até nós:
1. Sou capaz de fazer? 2. Porque?
3. O que preciso ter em mãos para que o projeto seja executado?
É uma forma de se auto-avaliar.
Conhecer a si mesmo é essencial, deve ser levado como uma lição de vida!
Coloque a terceira pergunta em prática ao invés de descartar de cara (essa é para os profissionais).
Você é capaz de fazer?(1ª) – Seus conhecimentos são suficientes para executar o projeto? Pense em cada etapa e avalie. Após chegar a uma resposta pergunte-se: porque?(2ª) – O que não sabe? O que não conhece? O que o cliente pediu que não tem a mínima noção de como fazer?
Você pode se perguntar agora: “e se eu respondi positivamente a primeira questão?” Sim, afinal você pode muito bem ser capaz, não é mesmo? E deve! Nesse caso pergunte-se o porque de sua resposta ser positiva, isso agrega muito em seu auto-conhecimento.
E a última, o que você precisa para o projeto ser executado?(3ª). Avalie o que tem nas mãos e o que precisar ter. Na maioria o conhecimento é destacado, mas existem outras variáveis, como: tempo, equipe, estrutura, dependência de terceiros etc.
Chegue a uma conclusão: consigo executar? seja sincero, pois está em jogo seu nome, sua empresa (se for o caso) e o ramo dessa atividade. Eu disse “o ramo” e não “seu ramo”, pois infelizmente encontramos muitas “figuras” por aí, se é que me compreende.
Finalizando, reúna todas essas informações e tome a decisão certa. Exemplo, não tente desenvolver um e-commerce que seja inteiro customizado se não tem conhecimentos sobre: conceitos de comércio eletrônico, funcionamento das operadoras de cartão, formas de pagamentos e assim vai. Não pegue esse projeto, nem chegue perto dele, a não ser que consiga achar uma real solução para a terceira pergunta.
Até o próximo projeto…