PÃO, CIRCO, DESCULPAS E ARTIMANHAS MIRABOLANTES.

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As Olimpíadas acabaram. Nosso desempenho, como sempre, foi de sofrível a medíocre. Heróis salvadores da pátria e superestimados mostraram sua verdadeira face, ao demonstrar claramente a enorme falta de preparo psicológico e (em muitas modalidades) condições técnicas elementares. Com vários últimos lugares nas eliminatórias e com “amarelões” distribuídos regia e democraticamente entre os que chegaram as finais, o Brasil mostra como não se devem formar atletas: Com improvisos e a toque de caixa.

Mas, os atletas são os culpados? Claro que não. São apenas inocentes úteis que, como nós, devem mendigar para obter um tratamento digno e recursos para que exerçam sua profissão de forma eficiente e honrada. São adorados pelos políticos que usam e abusam de suas imagens para aproveitarem-se da inocência de um povo que acha que as ofertas de apoio e as promessas de verbas, um dia, serão mesmo uma realidade.

O “Pão e Circo” é uma forma de fazer política muito antiga (vem desde o Império Romano). Mas, aqui no Brasil, ela ganhou requintes e lapidações que tornaram os nossos políticos mestres nessa arte. Ajudados por um povo que não se preocupa com sua própria vida e que tem uma memória de “peixe dourado”, eles distorcem a realidade e corrompem a verdade a seu bel prazer. Simplesmente para “se dar bem”.


E mesmo com o fiasco evidente que aconteceu na China, eles já se preparam e se mobilizam. Recepções de heróis para atletas derrotados, convencimento das massas através dos meios de comunicação cooptados e que se beneficiam das “políticas” governamentais e outras práticas que teremos o “prazer” de conhecer ao longo desta semana. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, já “presta contas” através de cálculos mirabolantes e usando da mesma tática esdrúxula dos americanos para justificar as poucas medalhas conseguidas. Apesar de termos uma delegação gigantesca (a maior da história), para nossos padrões, e uma conquista de medalhas de ouro ridícula. Para Nuzman essa foi “a melhor Olimpíada de todos os tempos”. Afinal – diz ele – conquistamos o décimo sétimo lugar (total de medalhas).

No entanto, pelos padrões de contagem que sempre foram adotados historicamente, ficamos mesmo é na vigésima terceira posição. Muito atrás até de conquistas em Olimpíadas anteriores. Mas para Nuzman, já valeu porque ficamos a frente de todos os latino-americanos. Como bem sabemos, excetuando-se Cuba, nenhum país latino-americano tem qualquer tradição nos jogos.

Como sempre, ao invés de encararmos os verdadeiros problemas “de frente” e propor soluções factíveis e práticas para eles, os políticos continuam a “dourar a pílula” para iludir o povo e tentar extrair vantagens políticas dos acontecimentos esportivos e dos atletas. Com isso, continuaremos gastando, por mês, mais de três mil e quinhentos reais com a “recuperação” de menores infratores (custo unitário); quando poderíamos investir esse valor na criação e na multiplicação de centros esportivos que retirassem os menores das ruas, do ócio e das mãos dos traficantes e formassem atletas realmente vencedores, profissionais gabaritados em diversas áreas vinculadas ao esporte (ou não) e, principalmente, cidadãos de bem.

Antes de desculpas e de artimanhas mirabolantes para disfarçar a incompetência e o despreparo, se os políticos decidissem encarar verdadeiramente os problemas brasileiros, muito mais do que Campeões Olímpicos; teríamos Campeões da Vida. Mas, para que isso acontecesse, seria necessário, primeiramente, que nosso povo mudasse a forma como vê os políticos e como os escolhe.


Necessitaríamos de cidadãos que participassem mais; que fiscalizassem mais; que punissem negando o seu voto a políticos sabidamente trambiqueiros e aproveitadores. No entanto, quando abrimos os jornais e vemos que nas duas cidades mais evoluídas economicamente, socialmente e educacionalmente do país; políticos reconhecidamente sempre envolvidos com falcatruas, denúncias dos mais diversos tipos continuam a obterem uma votação representativa e que seus “apadrinhados”, que certamente seguirão seus passos quanto ao desprezo da “coisa pública” e do eleitor; também são recebidos com sorrisos e votos por pessoas que, logo depois, morrerão nas portas de postos de saúde fechados ou nos corredores e filas de hospitais superlotados e abandonados. O que podemos esperar e concluir?

Que o “Pão e Circo” estará ainda por muito tempo em nosso meio. E que venha 2012.

Pense nisso.

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PÃO, CIRCO, DESCULPAS E ARTIMANHAS MIRABOLANTES.

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