As organizações não-governamentais AnimalViva! e Célula Mãe vão cadastrar neste sábado, 19, voluntários para trabalhar em programas dedicados à preservação dos animais. O cadastramento será realizado na Associação dos Médicos, na rua Baependi, em Ondina, num evento que terá atividades culturais e de conscientização sobre o meio ambiente.
O objetivo das ongs é arregimentar pessoal para trabalhar em dois fronts: castração de animais carentes e educação sobre bem-estar animal.
No primeiro front, os voluntários vão auxiliar a equipe das ongs nos mutirões de castração. As ações consistem no cadastro de animais da área onde o mutirão será realizado, o transporte dos bichos às clínicas, e acompanhamento do pós-operatório.
“O governo não tem uma política substancial do controle da população de animais, e as ongs tomaram a frente disso. Para se ter uma idéia, sem controle, um casal de gatos pode gerar, em dez anos, 400 mil animais“, afirma a presidente da AnimalViva!, Ana Claudia Almeida. De acordo com a ambientalista, os números mais recentes da população de gatos e cachorros somados são de 2004. Dos 300 mil animais listados, 70 mil vivem na rua.
A outra ação para a qual serão cadastrados voluntários é a conscientização. “Quem se inscrever, vai receber treinamento para participar das nossas palestras em escolas, nas quais buscamos esclarecer as crianças sobre como os bichos devem ser tratados”.
POLÍTICA – De acordo com Lucrécia Lopes, sub-gerente do Centro de Controle de Zoonoses, órgão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a captura sistemática de animais não é realizada desde janeiro de 2007. “A carrocinha somente é utilizada em casos de emergência, quando há algum animal doente ou pondo a população em perigo“, afirma.
O município não tem nenhum canil público, e castração somente é realizada nos animais que têm dono. Nesses casos, o proprietário deve ligar para o telefone (71) 3186-1092, da Ouvidoria da SMS, e solicitar a visita gratuita de um veterinário, que encaminhará o processo de castração. A sub-gerente do CCZ Lucrécia Lopes também afirma que o órgão não tem estimativas do número de animais que vivem nas ruas.