ESN: 16675-080201-838850-87
Quando você é responsável por alguma coisa; você sempre procura fazer o melhor possível. Não é mesmo?
Agora, quando essa “coisa” é um órgão público ou mais explicitamente um dos poderes da república; além de fazer o melhor possível você deve sempre se preocupar com a depuração da “casa”. Eliminando os corruptos, os encostados e os aproveitadores que sempre se utilizam desses lugares para arrumar uma “boquinha”. Essa é a função maior do líder de algum desses poderes ou órgãos republicanos.
Contudo, num desses poderes, o seu presidente sempre se mostra ofendido e contrariado. Fazendo inclusive ameaças veladas e ironias quando é apontado algum erro ou se constata a presença da funesta corrupção. E, no caso em questão, trata-se de um dos órgãos mais podres e mais atingidos pela corrupção de todos os elementos que compõe a república: A Câmara dos Deputados.
O seu presidente, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), é uma das figuras mais estranhas em matéria de presidência da Câmara dos Deputado em Brasília. Quando a Polícia Federal revelou o esquema que envolveu o deputado Paulinho “da Força” num dos maiores escândalos de corrupção desde o mensalão. Ele mostrou-se indignado pelo fato de um agente da PF ter seguido um lobista que entregava o “jabaculê propinatório’ no gabinete de um deputado ligado ao esquema. Ao invés de aplaudir a revelação de mais um corrupto; Chinaglia exigiu a punição do agente da PF e a revelação de sua identidade (no que, é lógico, não foi atendido pelo ministro da justiça).
Sempre “do contra” e exacerbando o corporativismo, Chinaglia agora se insurge contra a decisão (muito acertada) do TSE de divulgar a lista de candidatos envolvidos em processos. Saindo estranhamente na defesa de corruptos, estelionatários, escroques, assassinos, traficantes e outras “Vossas Excelências” que buscam na eleição apenas a manutenção do “foro privilegiado” e, conseqüentemente, escapar mais um tempo das garras da justiça. Novamente, ao invés de unir forças para promover a depuração da casa, ele ataca o TSE com ironias dizendo que “(…) os juízes deveriam divulgar também porque demoram em proferir sentenças (…)” ou ainda “(…) o TSE, ao invés de divulgar coisas, deveria acelerar os julgamentos (…)”.
Mais uma vez e sem somar nada; Chinaglia apenas “chove no molhado” ao repetir suas ameaças e bravatas vazias e insurgindo-se contra um anseio que é do povo brasileiro. Mesmo que a maioria não esteja nem aí para quem vota. E escolha seu candidato pela cara mais bonita, pela indicação do pastor, etc… Uma parcela da população deseja saber quem são os canalhas que se vestem com pele de cordeiro e desejam passar por “bons moços” nas eleições. Que o TSE deve ser mais ágil e que os juízes são (muitas vezes) preguiçosos e reticentes em agilizar sentenças e julgamentos; isso todos nós sabemos. Mas a iniciativa é válida, útil e vem em boa hora. E, se não bastasse tudo isso, é a vontade do povo.
E, por mais incrível que Chinaglia possa achar; o emprego dele e de seus amigos nada mais é do que uma concessão popular.
Pense nisso.
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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