O CAOS, A MORTE, OS GENOCIDAS E A MÁQUINA DE MATAR POBRE.

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Quando Hitler assumiu o poder na Alemanha dava inicio a um plano cuidadosamente traçado para expurgar da Terra os indivíduos que, segundo suas crenças eram a raiz de todos os males e de todos os problemas mundiais: Os Judeus.

Anos mais tarde, na África, na Bósnia e no Oriente Médio; cada um dos genocidas que surgiram, em seu devido tempo e usando métodos variados, tentou executou a mesma manobra como tentativa de erradicar um ou outro culpado pelos males do mundo. Assim como eles, milhares de outros surgiram e se foram ao longo dos séculos e foram tragados pelas poeiras do tempo. Alguns foram julgados e condenados pela história ou por tribunais. Mas nenhum deles escapou ileso a uma ou outra condenação; até agora…

Se conseguíssemos analisar o que acontece em nossa nação, sob um ponto de vista imparcial e a luz dessas ocorrências maléficas do passado; chegaríamos à conclusão de que aqui no Brasil também está ocorrendo um lento e metódico genocídio.

Sim. Enquanto uma pequena elite tem acesso as mais avançadas tecnologias na área de saúde, educação, moradia e alimentação; uma ralé promiscua (sob o pondo de vista dessa elite) e sem qualquer causa prática que justifique a sua existência (a não ser servir e prover), vaga desiludida e é lentamente exposta a todos os perigos inerentes a falta de assistência médica, social, educacional e alimentar.



Vagando pelas ruas das grandes cidades ou pelos campos semidesérticos das áreas que ninguém mais quer esse populacho mal letrado e alienado vaga como gado manso sendo tocado pelos capatazes de um sistema elaborado cuidadosamente para eliminá-los lenta e inexoravelmente como única forma de controlar a sua proliferação infecciosa e impedir que seu progresso venha a manchar as áreas por onde a elite gosta de atuar e viver. Quando esse controle parece falhar; usam-se medidas emergenciais como provocar grandes calamidades sanitárias, carestia de alimentos ou mesmo a negação de atendimento médico para as moléstias mais simples e curáveis há séculos.

No entanto, diferentemente dos genocidas históricos, esse criminoso age dentro da legalidade e jamais será condenado por seus horrendos crimes. Na verdade, ele ainda será julgado por todos os homens de bem, pela história e pela justiça dos homens como a principal vítima do crime que ele mesmo comete. Considerado injustiçado e perseguido, caminhará sob o apoio de instituições seculares e terá nos justos o seu maior aliado.



Sem saber, todo o aparato montado para proteger as vítimas desse genocídio silencioso e legal; alimentarão a incrível máquina de matar pobre com suas próprias entranhas e servirão em holocausto as vidas de milhões de inocentes. Apoiado por seus mais ferrenhos opositores, o genocida prosperará e iniciará uma matança ainda maior. Ensejando mais compaixão e mais ajuda dos que deveriam destruí-lo e combatê-lo.

Esse genocida pérfido e cruel, caros leitores, nada mais é do que o próprio povo pobre. Sim. A vítima se confunde com o algoz e caminha alegremente para o patíbulo, construído peça por peça, com suas próprias mãos calejadas e seus corpos suados e enegrecidos pelo sol da labuta diária.

Diretamente das entranhas de sua indiferença e de sua alienação, saem à seiva máter que lubrifica as engrenagens da máquina mortífera que destrói a ele próprio e a sua prole. De sua alegria despreocupada e bovina, jorra o combustível que movimenta o motor no qual são queimados seu sangue e seus sonhos.



O genocídio que vemos no Brasil é sistemático, contínuo e impune. E é alimentado por todas as organizações que deveriam combatê-lo; mas que, por algum motivo, desejam privar o homem comum do devido esclarecimento para perceber que é dele a culpa pela falta de hospitais, pelo atendimento precário as suas necessidades mais básicas, pela negação de uma boa educação que o libertaria e pelo morticínio de seus filhos na guerra diária do crime ou no extermínio silencioso de um Estado equipado e articulado para eliminar os indesejáveis e desassistidos rápida e silenciosamente.

E, como cordeiros, sujeitam-se a tudo que seus eleitos determinam e lhe empurram goela abaixo sem nunca protestar além de algumas palavras convulsivamente pronunciadas logo depois que a morte bate as suas portas e lhes cobra o tributo derradeiro.

Exagero? Visão apocalíptica? Despeito? Leia algumas das noticias abaixo e reflita.



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