Tava mais pra cá do que pra lá.
O senhor não quer sentar-se?, a moça perguntou.
Sou insentável.
E não sentou.
Mas se o senhor cair, a moça insistiu.
O chão me segura. Do chão eu não passo, criatura.
Mas…
A moça foi interrompida pelo turrão.
Mas nada. A sessão está terminada, acabada e a minha pessoa vai comigo amparada. Nem um pio.
Pra onde o senhor vai? O senhor não está bem, a moça argumentou.
Então ele a olhou com o seu olhar fuminante e disparou uma saraivada de impropérios contra aquela alma boa.
Ora o que você sabe de mim, menina? Ninguém sabe nada de ninguém, somos sempre fantasmas para os outros. Eu não existo pra você. Você não existe pra mim. Entre nós está tudo certo: você não vai comigo e nem eu vou com você.
Passar bem.
…