A biografia dele cabia numa linha: maestro e arranjador. Na sua lápide poderia estar escrita a frase: foi um homem simples. Um homem de parcas emoções exibitórias, morrera num domingo choroso, sem novidades. Soube da morte dele há pouco. Pros cafundós, que destino! O destino de todos nós, um dia. Pros cafundós de um céu idealizado. Agora é companheiro de Pena Branca e Xavantinho, de Tonico e Tinoco, de Raul Torres e tantos outros. Levou todas as violas no peito. Os violeiros vão sentir saudade. O tenente Marino Cafundó de Moraes – maestro e arranjador – já deve ter chegado no céu dos caipiras, a missa sertaneja vai começar.
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