“…Para termos grandiosidade, precisamos ser generosos e tolerantes. Um oceano não é um oceano se não tiver a capacidade de receber todos os rios do mundo. O vazio não é o vazio se não tiver a capacidade de conter todos os fenômenos do universo. A nobreza não e nobreza se não tiver a capacidade de aceitar e apreciar aquilo que é diferente. Em um mundo de relacionamentos interpessoais, modéstia e magnanimidade são os melhores antídotos contra lutas por poder e obstruções. Por isso, ter respeito verdadeiro um pelo outro é perdoar o que os outros, intencionalmente ou não fizeram de errado.
Ter tolerância é o melhor método para promover a paz mundial. Ter magnanimidade é o meio mais rápido de ampliar nossos horizontes. Uma vez que ninguém está livre de erros, precisamos aprender a tolerar os erros dos outros. Precisamos aprender a louvar o que é bom no caráter dos outros e não focar nossa atenção em críticas excessivas. A rejeição não é uma via de mão única – quando rejeitamos os outros por seus erros, eles fazem o mesmo em relação a nós. Por isso, o único caminho para uma coexistência pacífica é perdoar e esquecer. Não podemos nos tornar escravos de nosso rancor. Seremos infelizes, se tudo o que temos é aversão e repugnância por nosso próximo. Tolerância e indulgência são dois dos mais importantes ingredientes em nossa interação com os outros, pois ‘devemos sempre nos empenhar em fazer o mais complicado, com a pessoa mais difícil’. Magnanimidade é a mais elevada virtude nos relacionamentos interpessoais. Devemos cultivar nossas mentes para ser tolerantes com tudo e com
todos abaixo do Sol. Devemos ser como o oceano e a terra, que não rejeitam nada e aceitam tudo graciosamente…”.
No Darma,
Templo Zu Lai
Trecho extraído da página 123 do livro Receita para o coração – Entre a Ignorância e a Iluminação II, Venerável Mestre Hsing Yün, Escrituras Editora, São Paulo, 2007.