por Gilclér Regina
Cada vez que penso sobre esse assunto me vem a cabeça o cenário atual das empresas, organizações, instituições… O cenário não é feio nem bonito, é apenas diferente do que existia no passado.
Assim sendo, num espaço de trabalho onde a experiência abriu lugar para o sangue novo, não são calouros que devem aprender com os veteranos. Neste ambiente, os mais velhos é que precisam se inspirar na conduta dos mais jovens para prolongar sua vida profissional.
Se é verdade que os mais novos têm sempre mais oportunidades, é igualmente verdade que o calouro de hoje será o veterano de amanhã. E se isso é verdade, sua carreira será cada vez mais curta.
E se, para manter-se em ascensão, qualquer profissional tem de aprender com os mais novos, ele terá cada vez menos a ensinar à medida que sua carreira evoluir.
Como conseqüência saudável desta era, constata-se a necessidade de aprender sempre, de manter-se sempre atualizado, afinal, com mais conhecimento, menos incertezas. Com mais esperança, menos medo.
A pergunta que eu quero fazer para reflexão é a seguinte: Será que a busca desesperada pela inovação só se concretiza com a substituição da experiência dos mais velhos pelo voluntarismo e pelo gás dos mais novos?
Sou totalmente a favor da liderança dos jovens que chegam, da oxigenação que provoca a união das experiências entre os, veteranos e jovens, essa mescla é muito importante… Mas esta percepção de mudança não é correta. O mundo está cheio de exemplos que confirmam esse pensamento.
Experiência, conhecimento, preparo técnico e senso de inovação são ingredientes que se misturam e se completam… E quem enxerga isso está inserido naqueles que mais se destacam no mundo atual.
Jack Welch, ex-presidente da General Eletric, apenas para citar um exemplo que dispensa todos os demais, não deixou de ser aplaudido como um dos grandes inovadores da história corporativa mundial ao se manter no leme da empresa depois de completar 60 anos de idade, posto que ocupou até seus 66 anos de idade.
Muitos que sequer o conhece continuam a tirar lições de seu modelo de gestão e trabalho. Vale a pena buscar inspiração. Ao longo da história nós temos exemplos não de chefes, mas de pessoas que se firmaram como líderes. O mundo está cheio de profissionais que, pela conduta que tiveram, pela história de sucesso que tiveram, pela capacidade na hora de escalar suas equipes, servem de modelo aos profissionais mais novos.
Aprendi que um único gesto de um líder pode representar uma ação capaz de imprimir nos membros de sua equipe uma marca que os acompanharão pela vida inteira. E esse gesto pode ser positivo ou negativo.
Aprendemos assim lições que dificilmente aprenderíamos de outra maneira, tampouco na escola. O líder e seu exemplo é a escola, seja jovem ou veterano.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilclér Regina – www.ceag.com.br
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