ESN: 16675-080201-838850-87
Legenda: “Dizem que foram eleitos democraticamente”?!
Em todo filme americano que se preza, o bandido foge para o Brasil; não é?
As belas praias, somadas a mulheres maravilhosas e a um povo caloroso; regados por um judiciário muito… digamos… camarada. Aqui, em nosso amado país varonil, onde a Internet cresce e o computador popular floresce regado a muito “bolsa família”; os criminosos encontram uma terra fértil e acolhedora, dotada de um judiciário da idade média e que teima em dividir os cidadãos em classes e camadas. Tudo é claro, baseado na quantidade de dinheiro que esse cidadão pode dispor. Em casos mais “especiais”, nem precisa ter muito dinheiro. Basta ser “amigo do amigo” ou conhecer um “amigo do amigo”, para que automaticamente passe a gozar de benesses e favores dos nossos juízes.
Quer um exemplo? Enquanto hoje (12/03), o governador de Nova York, perdeu o cargo “apenas” porque saiu com uma prostituta e será processado por tal ato, correndo o risco de passar anos na cadeia. por aqui, não faz muito tempo, um certo senador alagoano foi inocentado após ser flagrado em gritantes desvios de verbas públicas e, pasmem, sequer foi denunciado ainda na justiça federal.
Quer mais um exemplo? Enquanto na terra do Tio Sam celebridades apanhadas em ilícitos menores são obrigadas a catar lixo nas ruas, pagando penas alternativas ou em caso de infração ou recusa vão para a cadeia sem apelação; por aqui, o ex-secretário do PT acusado de crimes fiscais graves e desvio de verbas. Por ter contribuído nas investigações, é condenado a uma pena alternativa. Até aí, tudo bem. Contudo, ao ser informado de que deveria cumprir sua sentença em trabalhos braçais na recepção e zeladoria da prefeitura de São Paulo (subprefeitura do Butantã), ficou “revoltado”. Afinal, é um homem fino e de posses. Como poderia catar lixo ou varrer chão? “Um absurdo…”
Enfurecido, “com toda razão”, abandonou o trabalho e arrancou com seu carro indignado. Mais um exemplo de como nosso judiciário é benevolente e preocupa-se com os direitos humanos. Se eu fosse o juiz, após essa afronta (que é o que ocorreu) recolheria o senhor corrupto ao xadrez imediatamente. Cancelando todos os acordos e privilégios. Mas, aqui o criminoso é que escolhe onde, como e quando quer cumprir sua pena. É claro que esse privilégio, só é concedido a brasileiros da “alta estirpe”. Pois se você, meu leitor, fizesse algo parecido; há esta hora já estaria algemado e levando “tapas na cara” por ser um facínora.
Nosso judiciário carece de uma imediata reforma. Mas não apenas de preceitos e de procedimentos. A reforma mais urgente, é a reforma de mentes. Os juízes devem perceber que criminoso é criminoso, independentemente de sua classe social, família, posses ou posição política. Devem aceitar que magistrados são homens e, portanto falíveis; e não deuses que estão acima do mundo e gozam de uma perspectiva divina sobre a vida de cada cidadão. Se os ladrões de queijo; de manteiga e de galinha devem ser algemados e encarcerados, os grandes ladrões de milhões e bilhões também. Mesmo que sejam figuras proeminentes ou de grande fortuna.
Devem ser algemados e tratados como o que são: Criminosos.
A nação carece de exemplos. E não desejamos mais sermos conhecidos como o país dos malandros; dos espertalhões e dos safados. Não queremos mais ver nossos compatriotas barrados e enxotados de qualquer país; apenas pelo fato de serem brasileiros ou de termos fama de golpistas não confiáveis.
A criminalidade comum e a corrupção devem receber o recado firme e urgente de que nosso judiciário não tolerará mais esses absurdos. Os criminosos devem ser submetidos ao vexame de serem vistos algemados (de preferência com as mãos às costas). Essa sim será a medida psicológica que impedirá que muitos se atrevam a traçar o caminho do crime. O arresto de bens, inclusive de familiares, deve ser rápido e estender-se a todas as posses. Que fique na miséria. Só com penas duras e aplicadas com precisão, esse estado de coisas mudará. A toga negra, deve voltar a ser temida e odiada. E, não mais, usada como escudo. O juiz deve ser o paladino; o vingador do povo. E não o cúmplice.
Ou estaremos sempre condenados a figurar como destino dos vigaristas nos filmes “B”.
E você leitor; o que acha?
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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