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Nenhum povo da história contemporânea (a não ser talvez os ciganos) pode saber tão bem como o judeu o significado do extermínio e da perda da humanidade. Repudiados por todos e banidos de quase todas as nações onde procuraram abrigo após a ascensão de Hitler, os judeus viram na hecatombe indescritível e inimaginável do Holocausto Judeu, durante a Segunda Guerra Mundial, o quão terrível e animalesca pode ser a Humanidade.
A chaga do nazismo (estranhamente abraçada, por um bando de imbecis, em nosso país e em muitos outros até hoje e que seriam os primeiros nas filas das câmaras de gás de Hitler), mostrou com clareza absurdamente vergonhosa a capacidade que nós temos de odiar e temer o diferente e o desconhecido.
Por isso mesmo, escolher o termo “Solução Final” para fazer parte do título deste artigo me doeu na alma. Justamente porque sei que, para os judeus, a menção dessas palavras trazem as lembranças de velhas feridas e da perda de amigos e de parentes queridos. E que, associá-las a eles próprios, pode provocar uma repulsa e uma revolta imensa.
Infelizmente também, o uso do termo se faz imprescindível, exatamente porque o povo judeu deve ser chamado à razão e compreender que os acontecimentos da atualidade, em relação aos palestinos, são bem parecidos com os sofridos por eles nas mãos dos alemães no século passado. E provocar uma reação que seja capaz de parar essa loucura.
A criação de um muro que divide e isola o povo palestino e o condena a passar fome e padecer da falta até de socorro médico e medicamentos; pode, guardadas as devidas proporções, ser comparada a criação dos guetos judaicos por toda Europa dominada pelos nazistas e o conseqüente suceder de privações e mortes. O igual extermínio de mulheres e crianças indiscriminadamente também é uma barbárie de igual odiosidade. O indefeso, o inocente e o não combatente devem, a qualquer custo, serem poupados dos sofrimentos e da penalização das operações militares letais.
Claramente, este articulista sabe que hoje o problema do terrorismo é um açoite mortífero e que impede a obvia distinção entre combatentes e não combatentes. Contudo, um Estado não pode usar desta dificuldade para atacar indiscriminadamente a todos. Agindo como senhor da vida e da morte a seu bel prazer.
Muito longe das questões religiosas, a farsa do Hamas (que é um acrônimo de Harakat al-Muqawamah al-Islamiyyah – Movimento de Resistência Islâmica) e do próprio conflito palestino em si; se dá por puro interesse econômico e poder. A cultura do ódio de palestinos e israelenses é movimentada apenas para que os poderosos possam manter o seu “status quo” de pseudo-importância na política mundial e alimentarem suas fortunas pessoais.
O constante rompimento de tréguas pelos radicais palestinos e as conseqüentes ações retaliatórias israelenses, nos fazem perceber sem sombra de dúvidas que o conflito é uma farsa orquestrada pelos que amam o poder. Pergunte ao cidadão israelense comum se ele não anseia pela paz? Pergunte ao cidadão palestino se ele não trocaria qualquer vingança pela chance de um futuro de prosperidade, de bonança e de pacífica coexistência? Pergunte as mães, palestinas e israelenses, se elas não trocariam qualquer outro desejo pela garantia de ter seus filhos em seus braços ao fim de um dia de trabalho?
Os “líderes” e os “títeres” de ambos os lados amam o confronto porque dele emanam as riquezas materiais (em forma de pesadas doações de países árabes e simpatizantes) e as vantagens políticas proporcionadas pelos países que desejam o conflito eterno e a instabilidade na região. Simplesmente isso e nada mais.
Ninguém do Hamas liga se Israel atacará com mão de ferro e aniquilará milhares de palestinos de uma única vez ou se um louco radical judeu resolver que Israel deve promover a “Solução Final” para os palestinos. Apenas a guerra é interessante e farta em oportunidades.
Provavelmente, se isso um dia acontecer, eles fugirão para o “exílio” onde curtirão as fortunas acumuladas e “dirigirão” seu “Império Fantasma” de algum hotel cinco estrelas com muito champanhe, caviar e Mercedes Bens de último tipo. Enquanto isso, seu povo estará sepultado ou banido definitivamente de sua terra sem qualquer esperança.
A maior prova disso é que palestinos e judeus vivem em harmonia em várias partes do planeta. Aqui mesmo em nosso país; centenas de árabes e judeus convivem amigavelmente e até possuem negócios em comum. Tudo porque estão longe da influência do radicalismo imbecil e oportunista.
Assim como Bin Laden e sua organização; o Hamas não luta pelo povo palestino e nem pela criação de um Estado autônomo. Nunca se esteve tão perto disso como no início deste ano e a resposta do Hamas foi romper a trégua e sair das negociações. Sempre há um “radical” estrategicamente colocado e “independente” para lançar um míssil, seqüestrar um soldado ou explodir-se em Israel para provocar uma resposta violenta; jogando por terra todo o esforço de paz.
O importante é entender, de uma vez por todas que se a guerra acabar, essas organizações e seus “líderes” desaparecerão no ostracismo inevitável do tempo. Aí; quem bancará as viagens, os hotéis, os luxos, os canais de TV e toda a mordomia que circunda esses “líderes nacionalistas”. A coragem deles é tão vasta que jamais pegam em armas (e sequer vivem na faixa de gaza). Estão seguros e bem longe da linha de frente. São os “Generais de Tabuleiro”.
Israel, por sua vez, entrega-se aos radicais fanáticos que adoram impor-se sobre os palestinos com a mão de ferro própria das nações déspotas. Um exército altamente treinado e equipado com o que há de melhor, homens instruídos nas artes da guerra, tecnologia de ponta, armamento nuclear e o melhor serviço de inteligência do mundo; apenas para lutar contra paus e pedras.
Ambos os lados estão atolados em erros infantis e grotescos que só podem expor a farsa em que se consiste esse conflito. Dizer que é por religião, pelo poder ou pela conquista de uma nação é pura balela. O conflito “Palestina versus Israel” é, simplesmente, por riqueza e poder.
Nunca uma frase definiu tão bem o que acontece por lá como a fala de Gandhi: “Olho por olho e o mundo acabará cego”.
Pense nisso.
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ISRAEL, A SOLUÇÃO FINAL, E A FARSA PALESTINA.
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