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As recentes informações sobre a operação da Polícia Federal que desencadeou a prisão de Daniel Dantas e uma das mais descaradas operações para abafar seus resultados que já vimos em nosso país; chegam pouco a pouco ao desfecho que já era previsto por qualquer um que acompanhe os grandes escândalos políticos brasileiros nos últimos tempos: A punição dos que ousaram enfrentar os esquemas.
Protógenes e seus agentes que recusaram um suborno, em dinheiro vivo, de um milhão de dólares são hoje os vilões atirados aos leões da República sob o disfarce da manutenção do “Estado de Direito”.
Mas é importante fazermos a pergunta a respeito do que é mais danoso e prejudicial para o “Estado de Direito”: Um policial extremamente zeloso e honesto que vai além do dever ou as garantias constitucionais para que uma das mais terríveis e bem montadas quadrilhas que já foram expostas em nosso país continue com suas operações de lavagem de dinheiro e de corrupção de elementos públicos nas mais altas rodas da administração brasileira?
Para o cidadão comum essa é uma resposta fácil. Se mil Protógenes fossem soltos pelo Brasil com “carta branca”; todos viveríamos muito melhor e mais seguros do que um único Daniel Dantas como direito de corromper e destruir os frágeis elos de ética que ainda existem em nossa administração.
O inacreditável linchamento de Protógenes e seus agentes e a recusa de uma investigação mais aprofundada (ou mesmo mínima e superficial) de alguns elementos das mais altas cortes de nossa nação deixam muito claro que as ligações políticas de Daniel Dantas e de sua trupe do mal são muito mais poderosas do que a mais vã imaginação seria capaz de produzir.
A criação de inúmeros dispositivos legais que visam garantir que a operação de Protógenes dê em nada e agora a já descarada e assumida ameaça de invalidar todo o material descortinado pelos delegados da Polícia Federal feita pelo próprio Ministro da Justiça; deixam bem claros que o erro de Protógenes foi não ter aceitado o suborno e calar-se como tantos outros.
Ao afrontar o sistema que prevê os louros da vitória para os maus e tentar garantir a punição para um dos maiores corruptores que nossa nação já viu; o “Barnabé” de nome estranho despertou a ira de corruptos poderosos e viu todo o seu brilhante currículo policial reduzido a fama de incompetente; relapso e autoritário. A imprensa que por sua vez deveria mostrar-se atenta a essas manipulações; mas em grande parte, faz coro por ser refém das verbas publicitárias e por ter seus contracheques pagos pelo próprio Daniel Dantas; recusa-se a investigar mais a fundo e embarca nas barbaridades e nas acusações pré-formatadas contra o delegado e sua equipe, engrossando o coro que clama pela cabeça de Protógenes. Até contra o juiz De Sanctis lançou-se cargas tentando afastá-lo do processo; quando a via legal falhou; até uma promoção a desembargador foi utilizada como forma de seduzi-lo a retirar-se voluntariamente da apuração dos fatos. Graça a Deus; ele é mais um Protógenes e não se deixou seduzir pela promoção providencial. Vamos ver até quanto ele resistirá à desmoralização pública e ao assédio dos maus.
Enquanto isso, o cidadão assiste a tudo impassível e alienado; torcendo para que Kaká seja eleito o melhor do mundo e que Cristiano Ronaldo não faça gols no Brasil.
Afinal de contas; isso é muito mais importante do que qualquer destino que se dê a um delegado de nome engraçado.
Pense nisso.
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INVESTIGAÇÕES, OPERAÇÕES E O RESULTADO ÓBVIO.
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