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Já imaginou ser possível combater o roubo de carros sem punir o receptador? Acha possível diminuir os sequestros sem que os responsáveis por vigiar o cativeiro sejam igualmente punidos pelo crime?
Pois é, claro que isso é impossível. Já que, sem o receptador e sem o pessoal que toma conta do cativeiro, esses crimes seriam impossíveis. Mas, para os políticos brasileiros essa relação direta entre oferta e demanda parece ser algo relacionado à ficção científica.
Numa manobra patrocinada por “muita gente boa” (grandes empresários, formadores de opinião, atores e grandes imbecis que posam de inteligentes na TV), nossos políticos aprovaram a flexibilização da lei de entorpecentes e descriminalizaram o uso de drogas. Querem reduzir o tráfico sem punir o comprador. O que, em qualquer meio minimamente inteligente, seria rapidamente exposto como uma imbecilidade.
Depois disso, criou-se a situação esdrúxula de que mesmo o consumo de drogas ilícitas durante o dia em vias públicas é permitido; nem adianta chamar a polícia que o “doente” não poderá ser tocado e nem admoestado a portar-se com civilidade. Logo, as áreas em que os viciados se reúnem tornam-se pontos de tráfico concorridos e de grande atividade; degradando enormemente grandes áreas da cidade que se veem entregues a marginalidade diante da impotência das autoridades e do cidadão de bem.
Mas, porque se resolveu criar tal proteção ao usuário de drogas? Muito simples: Todos sabemos que o viciado realmente doente (aquele que vive fissurado e rouba tudo para consumir drogas) na realidade dá prejuízo para o traficante. Em muito pouco tempo, torna-se inadimplente e tem dois destinos: é morto ou desaparece da área. Entretanto, o usuário recreativo (que usa a droga “para relaxar”) é o verdadeiro “menino de ouro” dos traficantes. Normalmente bem dotado financeiramente e ocupante de postos-chave na sociedade; esse usuário recreativo é o filão a ser explorado pelos traficantes para garantir um alto e constante faturamento das “bocas”.
Oriundo das classes mais altas, o usuário recreativo é sempre o ator daquela grande emissora de TV, o jogador de futebol celebridade, o filho do empresário de sucesso, do político poderoso, do repórter tarimbado, o “ex-alguma-coisa”, a celebridade do momento ou no novo rico emergente. Logo, nenhum desses “pilares da sociedade” quer ter o incômodo de ser chamado à realidade e ter que se expor ao ridículo de ver seus “rebentos” (ou a si mesmos) presos e execrados pela sociedade como consumidores de drogas ilícitas.
Então; lança-se a ideia de que se pretende a proteção do usuário. Mas, na realidade o que se quer mesmo é abandonar a sociedade em nome da proteção dos filhos e membros da “elite social” em detrimento total de toda a população, principalmente dos mais pobres que serão abandonados ao vício e não contarão nem com as pseudo-clínicas de desintoxicação públicas. Que, quando existem, são sempre super-lotadas e meros depósitos de lixo humano.
Assim, fomenta-se o tráfico liberando-se o usuário e tenta-se o milagre de enxugar o gelo que só aumenta o seu volume e avança sobre uma sociedade impotente e refém de seus políticos imbecis, gananciosos e que se vendem por qualquer dois tostões. Ao mesmo tempo, cria-se a ideia de que usar drogas é bom e bacana e afogam-se comunidades inteiras num mar de lama e de desespero apenas para que alguns riquinhos possam relaxar e gastar suas gordas mesadas dadas pelo papai ausente e atarefado.
A decisão dos ministros Carlos Minc (meio ambiente) e Paulo Vanucchi da Secretaria Especial de Direitos Humanos de estudar maneiras para garantir ao usuário de drogas mais “conforto” para seu consumo ilícito é algo surreal e que atenta contra as instituições da nação. Como combater o tráfico liberando-se indiscriminadamente o consumo em vias públicas e impedindo-se as autoridades de combater a demanda pelas drogas?
É claro que a penalização pura e simples também não resolverá o problema; o correto seria exigir do usuário de drogas (já que é “um doente”), que se submetesse a um tratamento supervisionado pelo Estado em sua primeira apreensão. Para os casos de reincidência, as penas poderiam ser progressivas e ir dos trabalhos comunitários até o encarceramento.
Liberar o consumo pura e simplesmente é uma idiotice sem tamanho e uma afronta para os milhões de brasileiros que lutam dia a dia contra as péssimas influências exercidas pelas drogas e pelos traficantes; desesperando-se ao ver seus filhos reduzidos a farrapos humanos apenas para que uns poucos abonados possam ter seus momentos de prazer e deleite.
E você leitor; o que acha disso?
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HIPOCRISIA, DROGAS, RIQUINHOS E A IDIOTICE OFICIALIZADA.
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