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Dizem que vivemos numa democracia. Dizem que o Estado não pode impedir o cidadão de informar-se e de acompanhar o que acontece em relação ao andamento da vida política nacional. Dizem que a ditadura já acabou. Dizem também que a censura é proibida e que o direito a liberdade de expressão é inalienável e é um preceito constitucional pétreo.
Pois é; é o que dizem.
Contudo, na prática, a coisa pára “na página 12”. O Judiciário, um dos poderes mais anacrônicos da república e que luta acirradamente contra as pessoas que tentam insuflar alguma modernidade em suas entranhas, pega uma carona nos tempos da ditadura e presta-se ao papel de principal agente repressor das liberdades em nosso país. Sendo o agente mais atuante da censura atualmente.
Bastou um político ser desagradado para que imediatamente um juiz determine a cassação do “direito sagrado” da liberdade de expressão de quem quer que seja. Quando um dos membros do Judiciário é “ofendido” então; a decisão sequer depende de apoio legal. Ela é proferida nos corredores de granito reluzente e na base da “ação entre amigos”.
Baseado nesse “preceito imorredouro”, o Ministro Gilmar Mendes exerceu toda a sua pompa e circunstância por esses dias, ao impedir que a TV Câmara levasse ao ar uma mesa redonda com dois jornalistas que debatiam o Caso Protógenes.
Por que?
Muito simples. Os jornalistas divulgaram informações que não circulam na grande mídia. Essas informações “reservadas” expõem, mais uma vez, a suspeição de Gilmar Mendes e a farsa armada para perseguir e punir o delegado Protógenes Queiroz e o juiz Fausto De Sanctis.
Bastou que Gilmar Mendes tomasse conhecimento das gravíssimas revelações para, no mesmo instante, entrar em contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, solicitando a não exibição do programa. Sendo atendido prontamente e sem o menor constrangimento.
No entanto, em suas mentes atrasadas e galgadas no ranço da ditadura, esses senhores esquecem que a Internet existe para embaraçar as ditaduras (mesmo as disfarçadas de democracias) e quebrar a censura descarada de informações relevantes e de interesse nacional.
Recomendo que assistam ao programa inteiro (ou pelo menos o primeiro vídeo) e tirem as suas próprias conclusões sobre o que está acontecendo com nosso país e toda essa articulação que vem sendo orquestrada para desacreditar o delegado Protógenes Queiroz e o juiz Fausto De Sanctis (e consequentemente a operação que levou Daniel Dantas para a prisão); além, é claro, de jogar toda uma nuvem de fumaça sobre as atividades do criminoso Daniel Dantas e seu enorme séquito de autoridades corruptas em todos os poderes.
Pense nisso.
OBS: Descobri o primeiro vídeo no Blog Conversa Afiada do jornalista Paulo Henrique Amorim e corri atrás do restante do programa. As revelações são surpreendentes.
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GILMAR MENDES, PROTÓGENES E A CENSURA INSTITUCIONAL.
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