ESN: 16675-080201-838850-87
Desde o episódio do habeas corpus “relâmpago” para Daniel Dantas, o ministro chefe do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes passou a ser o “queridinho dos corruptos”. Não que seja um juiz ligado à corrupção (ou qualquer outra coisa que tenha sido provada contra ele nesse sentido). Mas o Ministro Gilmar está formando um currículo invejável na liberação de pessoas ligadas aos maiores escândalos que nosso país já viu.
Para o cidadão comum. A mensagem de que roubar muito e de muita gente compensa no Brasil tem, em Gilmar Mendes, o seu porta voz maior. Decisões que tomam a lei ao pé da letra e que são sempre interpretadas em favorecimento de corruptos e criminosos do colarinho branco, fizeram do Ministro uma das autoridades mais presentes nas caricaturas e cartuns dos jornais brasileiros no ano passado. E, pelo jeito, ele não pretende “largar o osso” neste ano.
Depois de liberar Marcos Valério, confessamente e comprovadamente envolvido em vários casos de corrupção, fraude e falsificação de documentos públicos; Gilmar Mendes agora volta sua caneta para uma corja de deputados alagoanos que foi presa pela Polícia Federal apenas por montarem uma máfia na Assembleia legislativa de Alagoas e foi responsável pelo roubo de mais de 200 milhões de reais de um dos estados mais pobres da união.
O que nos soa especialmente estranho, foi o argumento usado pelo ministro para liberar a turma. Em seu despacho, Gilmar Mendes vaticina: “O Poder Judiciário não pode cassar mandato parlamentar”.
Ora! Algo ai está muito errado ou estranho. Se o Poder Judiciário não pode cassar mandatos de parlamentares; porque o próprio Ministro Gilmar Mendes votou a favor da cassação de um deputado tão recentemente? A decisão do Supremo, tomada em unanimidade, ratificou uma decisão do TSE em ação promovida por um partido político. O TSE não faz parte do Poder Judiciário?
Esse trecho de reportagem publicada no Jornal O Globo de 15/01/09, diz bem de quem se trata os libertados e reempossados por Gilmar Mendes: “Os deputados investigados são: Antônio Albuquerque (DEM), presidente da Assembleia, Arthur Lira (PMN), Antônio Hollanda Júnior (PT do B), Cícero Amélio (PMN), Cícero Ferro (PTB), Dudu Albuquerque (PSB), Edval Gaia (PSDB), Isnaldo Bulhões (PMN), Maurício Tavares (PSDC) e Nelito Gomes de Barros (PMN). Segundo a Polícia Federal, eles desviaram R$ 280 milhões da folha de pagamento da Assembleia. Todos foram indiciados por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro porque, de acordo com a PF, a verba financiava campanhas eleitorais, incluindo a compra de votos, carros de luxo, mansões, apartamentos à beira-mar e outras propriedades”.
Ou seja: Todos pobres injustiçados e perseguidos pela espetacularização das ações da Polícia Federal.
Alguém sabe aí quanto tempo falta para Gilmar Mendes se aposentar? Pelo jeito; muita “gente boa” vai chorar nesse dia…
Pense nisso.
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GILMAR MENDES, CORRUPTOS E UM HISTÓRICO INCRÍVEL.
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