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Quando Leonel Brizola trouxe para a capital do Rio de Janeiro a família/quadrilha “Garotinho” ele nunca imaginou que seu pupilo, pouco tempo depois, o apunhalaria pelas costas e partiria para outros ares ao ser contrariado e repreendido pelo velho caudilho, devido as suas práticas espúrias ao “fazer política”. Curiosamente, mesmo sendo um político medíocre e com administrações pífias, Garotinho tem um dom: O dom de montar esquemas bem feitos.
Foi assim com os fiscais da Receita Estadual que, apesar do Rio de Janeiro cobrar uma das maiores alíquotas de ICMS do Brasil, estranhamente faliu durante os três mandatos da família Garotinho. Mesmo tendo nomeado Silveirinha para a chefia dos fiscais sem que ele tivesse as qualificações exigidas por lei, uma manobra exitosa graças a uma mudança na lei que possibilitou, a seu elemento de infiltração, ser nomeado para o cargo. E não obstante Silveirinha ter sido seu colaborador, tesoureiro de campanha e assessor direto desde os tempos da Prefeitura de Campos dos Goytacases; Garotinho safou-se politicamente quando a bomba estourou com o incrível argumento de que “não conhecia” Silveirinha. As perguntas sobre esse relacionamento, que ninguém fez na época não sei por qual motivo, eram até simples: Se não o conhecia; porque alterou uma lei “secular” do estado para nomeá-lo? Se não o conhecia; como explicar sua atuação constante e íntima desde os tempos da Prefeitura de Campos? Quer por sorte; quer por incapacidade do Ministério Público, Garotinho se safou sem qualquer arranhão. E apenas Silveirinha e mais uma meia dúzia de fiscais pagaram o pato.
Agora, com a prisão de seu “Menino de Ouro”, Álvaro Lins, que ficou na chefia da principal secretaria de estado dos governos de Garotinho e de sua esposa. O Ministério Público tendo provas contundentes de que esse secretário usava seu cargo como forma de favorecer criminosos e de expor policiais que se opunham aos seus crimes; fez Garotinho, novamente, voltar à tona como favorecedor de um esquema e real cabeça por trás do grupo. Digo “real cabeça”, pois sem sua participação óbvia e efetiva no grupo, Álvaro Lins jamais conseguiria armar o sistema que montou e mantê-lo em funcionamento.
Ligações telefônicas provam que os policias que não compactuavam com o esquema, tinham suas delegacias dilapidadas e eram abandonados a própria sorte pelo governo. É a prática do terrorismo de estado. Cuja vítima principal é o cidadão.
Se Garotinho não estivesse envolvido, seria fácil notar que algo estava errado. Como no esquema de Silveirinha; certamente os tentáculos e a ganância de Garotinho se beneficiaram do novo esquema com Álvaro Lins. Seu suporte e seu poder político, foram cruciais para a implantação e consolidação desse esquema criminoso.
Contudo, novamente quer por ineficiência; quer por falta de vontade maior, o Ministério Público não consegue provas mais robustas contra Garotinho em relação ao recebimento de valores da quadrilha. Tudo indica que, mais uma vez, o cara-de-pau se safará e apenas seus “laranjas” pagarão o pato. Afinal, eles têm muito mais a ganhar do que a perder ficando calados. Quem sabe até, num futuro novo governo Garotinho ou de sua quadrilha, eles consigam novamente um lugar ao sol.
Mas uma coisa é certa. Sem a ajuda de um elemento chave e fundamental, nem Álvaro Lins com sua quadrilha de policiais safados e nem Silveirinha com sua quadrilha de fiscais corruptos e muito menos Garotinho, com sua quadrilha familiar, conseguiriam estabelecer seus tentáculos sobre o Estado do Rio de Janeiro. E esse elemento você conhece muito bem, caro leitor: Somos nós mesmos.
Um povo que não presta atenção nos homens que elege para cargos públicos; está condenado a ser roubado por eles. E assim, eles fazem as artes e nós ficamos com os castigos.
Pense nisso.
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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