Fragrância feminina de Ed Hardy é tão boa quanto um morango falso.

A marca Ed Hardy é um fenômeno que é instintivamente lógico no contexto da cultura pop dos dias de hoje: eis Hardy, um artista que trabalha com uma estranha forma de arte – tatuagens elaboradas – e talvez na mais estranha das mídias – a pele humana. Se você fosse adquirir uma de suas obras, poderia praticamente garantir uma explosão dos seus pais. Consequentemente, temos a explosão da marca (quando estive na Cidade do México há alguns meses, não era possível tomar uma Dos Equis [marca de cerveja] sem dar de cara com um imenso cartaz do Ed Hardy).Por outro lado, se seus pais conhecessem a profundidade artística de Hardy, eles poderiam até ter aplaudido seus astutos investimentos. Hardy foi apresentado à arte das tatuagens durante seu curso de estamparia das Belas Artes, proporcionado pelo San Francisco Art Institute. Ele estudou a arte da tatuagem tradicional japonesa no Japão, e seu trabalho se tornou estranhamente belo e substancial. Ao lado da esposa, ele escreveu, editou e publicou vários livros sobre arte alternativa enquanto fazia a curadoria de galerias e exibições sem fins lucrativos, além de dar palestras com frequência em museus e universidades. Hardy também é o mentor de jovens tatuadores, embora atualmente ele seja famoso por ter transferido seu foco para a estamparia, para os desenhos e para a pintura. Hoje em dia você provavelmente não conseguiria uma tatuagem original do Hardy mesmo que quisesse.

Ainda assim, as criações de Hardy eram arte de verdade. Agora, entretanto, entra a moda. O extravagantemente francês e controverso designer de moda Christian Audigier adquiriu os direitos de comercialização da obra de Hardy ao afixá-la em tudo, de moletons a bonés ou jaquetas de couro. Confome se desce a página oficial de vendas pela internet da “exploração-de-Audigier-sobre-Hardy wear”, pode-se ver uma lista de produtos licenciados mais longa que seu braço. Não se consegue mais uma tatuagem de Hardy, mas você pode comprar a camiseta.

Ainda mais evidentes são os perfumes – mas você sabia que eles chegariam. Christian Audigier fez a direção criativa de duas duplas de fragrâncias, uma feminina e uma masculina de cada, e a pergunta é: será que Hardy sentiu seus cheiros antes de elas saírem da fábrica? Eu entendi que esse tipo de coisa está à prova de críticas, já que elas não param nas prateleiras da Macy’s, mas aqui vamos nós.

Tome, por exemplo, os mais recentes lançamentos, em dezembro de 2008: Love & Luck for Women e Love & Luck for Men. Para o feminino, a perfumista Adriana Medina criou uma bela cópia do Light Blue, de Olivier Cresp (o feminino) de Dolce & Gabbana, simplesmente diminuindo a quantidade de maçã verde quase a zero e substituindo por um condimento leve e diáfano. É uma boa fragrância, mas é mais um esboço bem feito do que um perfume completo. Ele funciona perfeitamente para o público de Hardy, isto é, o mercado de massa adolescente. É também o melhor dos quatro, com uma boa fixação, embora se dissipe feito chumbo.

Love & Luck for Men, do perfumista Olivier Gillotin, é igualmente perfeito: o clichê masculino do sabonete desodorante, alumínio e especiarias sintéticas. Speed Stick em um garoto de 17 anos. Comercialmente esperto e completamente desinteressante. Boa fixação, infelizmente. Ed Hardy for Men, o masculino original que fora lançado onze meses antes, mostra o profissional criando outra versão do clichê masculino: elimine um pouco do alumínio, et voilà.

Com isso chegamos ao seu par, o original Ed Harry for Women, que é morango falso, assim como os ingredientes usados na produção de doces e balas. Ele não é nem mesmo o produto de uma escola realista de perfumaria, porque não é nem mesmo associável à perfumaria. Perfumistas e flavoristas compartilham várias matérias-primas – muita coisa que está em seus Dior e Laurens estão na categoria “comida” – e o que Christian Audigier engarrafou pode ser encontrado na gôndola de misturas para bolos do supermercado. Eu falo do designer de moda deliberadamente. Tecnicamente, este elixir açucarado está atribuído a uma perfumista, Caroline Sabas. Dizer que seus prodigiosos talentos foram desperdiçados aqui é interpretar totalmente errado a premissa do marketing. Obviamente Christian Audigier queria morango falso, e foi o que Caroline lhe deu. Consequentemente, ele é tão bom quanto um morango falso pode ser, e provavelmente esta é a contribuição da perfumista.

Se você estiver usando sua incrível camiseta Ed Hardy tamanho P, provavelmente vai comprar um frasco porque o design da embalagem combina. Mas o que tem dentro do frasco não é bom. Não é estranhamente belo. E não é substancial.http://estilo.uol.com.br/beleza/notasperfumadas/ultnot/2009/01/23/ult6163u31.jhtm

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