ESN: 16675-080201-838850-87
Repetindo a enorme baboseira falada por Lula, na ocasião da sanção do projeto da lei de direitos humanos que controlava a imprensa e queria escolher até o que o cidadão brasileiro poderia pensar; FHC diz que assinou o decreto do sigilo eterno dos documentos governamentais sem ler.
Por mais inacreditável que isso possa parecer, e realmente o é. Os presidentes brasileiros parecem usar o mesmo expediente para encobrir sua total falta de senso cívico ou mesmo uma irresponsabilidade gritante no exercício do cargo.
Afinal de contas, como é concebível que o presidente de uma nação assine um decreto ou sancione uma lei – que passará a ter efeitos imediatos – sem lê-los? E se fosse uma declaração de guerra, um confisco ou mesmo uma determinação de estatização de todas as empresas brasileiras?
Exageros a parte é inegável que mesmo diante do enorme volume de documentos sob sua responsabilidade e o trabalho hercúleo (e sacal) de esmiuçá-los em sua linguagem rebuscada e cansativa; é o ponto central do cargo de Presidente da República saber o que assina.
Se não deseja perder horas e horas lendo os textos jurídicos e cada ponto e linha do que tem para assinar; cabe ao presidente ter um assessor para cumprir essa função e apresentar um breve resumo, juntamente com o documento, para sua apreciação antes da assinatura.
Mesmo assumindo que isso não tenha sido feito – o que duvido muito – é de se esperar que alguém ocupando tão alto cargo, conhecendo a importância de suas ações e as consequências delas tenha enorme cuidado ao assinar qualquer documento.
Oferecer uma desculpa esfarrapada como esta e atestar com isso sua própria irresponsabilidade no exercício de sua função é algo estarrecedor e criminoso que não deveria ser visto tão passivamente pela imprensa, pela população e mesmo pelos políticos. Pois, como vimos bem na assinatura dada por Lula, num projeto autoritário e que nos transformava em um país de robôs e nesse incompreensível medo, demonstrado por FHC, da revelação de dados sobre governos passados (ou mesmo do seu); os constrangimentos causados por essa irresponsabilidade (assinar sem ler) podem se estender por gerações e dar munição aos oportunistas de plantão para utilizarem essas leis em seu favor (como querem fazer Sarney e Collor).
Assim, fica a pergunta, um cidadão ocupando o mais alto cargo da república pode tratar de forma tão displicente o ato de sancionar leis e decretos? Pode um presidente defender-se apelando para sua irresponsabilidade ou negligência no exercício de seu cargo?
Em minha opinião; não.
Pense nisso.
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Nota do Editor: Obrigado ao leitor Hugo Costa pela correção do erro ortográfico. Peço desculpas aos leitores pelo descuido na revisão.
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