EDUCAÇÃO, INSTRUÇÃO E O FRACASSO GENERALIZADO.

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O Censo Escolar de 2007 mostrou a catastrófica situação do ensino médio público em nosso país. Particularmente aqui no Rio de Janeiro, as crianças que chegam ao final do primeiro grau; impulsionadas pela praga da aprovação automática conseguem resistir muito pouco tempo no ensino médio. De todos os “felizardos” quarenta por cento não completam seus estudos e acabam empregados em subempregos. Dos que ficam, mais da metade não consegue acesso à universidade pela falta de preparo e o restante (os bem afortunados) conseguem uma vaga ou outra nas universidades públicas e a maioria vai mesmo para o ensino superior privado.

O dado mais estarrecedor é que grande parte desses alunos que desistirá do ensino médio; chegou ao primeiro ano do segundo grau sem sequer saber ler e escrever. Não digo escreverem corretamente. Eles não conseguem ler e nem escrever uma única linha.

Além do analfabetismo, os que sabem ler não têm a base necessária para compreender o que lhes é ensinado. Ainda há a falta de professores que favorece a dramática evasão pelo total desestímulo que um currículo ultrapassado e voltado unicamente para a preparação do vestibular. A decoreba impera e a necessidade que os alunos mais pobres têm de trabalhar para ajudar em casa ainda provoca o casaco do aluno que, ao chegar na escola após um dia estafante no trabalho, se vê entregue apenas a exaustão.

Alguns especialistas propõem uma mudança no currículo para que este abrigue matérias como empreendedorismo, meditação e a dissociação do currículo escolar da preparação para o vestibular.

Em minha opinião particular, sem exigir dos professores uma qualificação melhor e um real empenho, com cobranças por metas atingidas e fornecer-se ao corpo docente uma remuneração que permita ao professor trabalhar em apenas uma escola (dando ainda farto material de apoio); nada mudará. A figura do professor leigo e do subqualificado deve ser banida do ensino público brasileiro. E acabar de uma vez por todas com a praga do vestibular. Um sistema parecido com o que há nos países mais desenvolvidos, onde o aluno é avaliado pelas universidades por toda a sua vida acadêmica e por suas atividades extra curriculares deveria ser implantado. Assim, as avaliações seriam muito mais justas e sempre os alunos que mais se destacassem em sua vida acadêmica seriam “eleitos” pelas universidades de ponta para suas vagas. Aos pais caberia policiar, punir e educar melhor seus filhos e impor limites ao comportamento agressivo e deixarem de super proteger e formar verdadeiros psicopatas mirins que acreditam poder tudo.


O mais importante de tudo: Iniciar essa reforma desde a mais tenra série do ensino fundamental. Sem isso; as mudanças jamais surtiriam efeito. Pois haveria o que já acontece hoje com as universidades. A estupidez das cotas e o acesso facilitado às universidades apenas mascaram o problema do ensino público de qualidade ridícula e criam um excesso de profissionais com nível superior que não conseguem uma colocação em sua área. Esses “desempregados de canudo” acabam exercendo funções totalmente fora da profissão que escolheram e, normalmente ganham muito pouco. Se o caminho fosse a formação técnica de qualidade; estariam ganhando muito mais e certamente em sua área de interesse.

Um ensino de qualidade desde a base e o acesso facilitado à universidade e as escolas técnicas de alto padrão; impulsionaria a juventude de nosso país para oportunidades nunca sonhadas e faria de nossa nação um país de vitoriosos e bem sucedidos profissionais.

Mas aí… é outra história.

Pense nisso.

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