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Hoje é dia onze de maio. Estamos quase na metade do ano. Agora, imagine que você seja um estudante do ensino fundamental e tenha que fazer uma prova de matemática com a matéria que aprendeu até hoje.
Mas, não se imagine nos nossos tempos de estudante, quando víamos nossos colegas chegarem apreensivos, alguns trazendo a “salvadora colinha” e outros já imaginando qual desculpa dariam aos pais pela “bomba” que tomariam quando as notas fossem divulgadas. Afinal de contas matemática sempre foi o “bicho-papão” da “rapaziada”. Que nada, caro leitor, hoje a coisa é mole. Especialmente se você for estudante de uma das milhares de escolas públicas espalhadas pelo Brasil que, desde o início do ano, não tiveram uma única aula de matemática.
Você, como ser inteligente que é, deve estar pensando: “Como obrigar as crianças a fazer uma prova se elas jamais estudaram a matéria e sequer viram um professor ou um livro de matemática”?
Como eu disse: você é inteligente. Mas, sua inteligência não chega aos pés dos responsáveis pela “revolução” que o Brasil experimenta na educação. No máximo; você é um mero “borra-botas” diante das mentes privilegiadas encarregadas pelo governo federal de gerir o sistema de avaliação do IDEB e dos “gênios” que aplicam a educação nos estados e municípios desse “Brasilzão”.
Se você fosse como eles, que desejavam banir um dos maiores escritores de língua portuguesa para não ferir a turma do politicamente correto, teria um surto de genialidade e solucionaria o problema de forma magistral.
Pois é. Parece mesmo complexo ministrar uma prova de matemática para alunos que jamais tiveram uma aula da matéria e nunca viram um livro sobre o assunto. Mas, na realidade, é muito simples: basta que você dê a prova para os alunos levarem para suas casas e resolverem com a ajuda dos pais, dos irmãos, do quitandeiro da esquina, de calculadoras ou da boa e “velha” Internet. Desta forma, você garante uma nota boa para cada aluno e, como consequência, a sua aprovação no fim do ano. De brinde, para coroar todo o esquema de pleno êxito, eleva o seu índice do IDEB porque seus alunos têm altos índices de aprovação.
Não é uma mágica maravilhosa criada pelos gênios petistas, psdebistas e outros “bistas” desse imenso país de analfabetos funcionais? (74% da população adulta é incapaz de compreender pequenos textos)
Por mais inacreditável que isso possa parecer; está acontecendo verdadeiramente em diversas escolas brasileiras nesse exato momento. Aqui no Rio de Janeiro, o subsecretário de educação foi questionado por um programa jornalístico (ao vivo) e disse “não ver mal algum” na prática. Informou também que a recomendação dada às escolas que não têm professores das mais diversas matérias – em especial das mais desnecessárias como português e matemática – era a de que mantivessem os alunos “no ambiente escolar” através da exibição de filmes ou de outras atividades visando “integrar” o estudante à escola “ainda mais”.
Enquanto um professor ganhar cerca de R$700,00 (se for formado), escolas forem tratadas como fazendas de gado e a educação continuar sendo mantida “em coma e respirando com aparelhos”; o ambiente para a alienação política, para a criminalidade, para a desesperança, para a falta de cidadania e, principalmente, para os políticos oportunistas, enganadores e corruptos estará propício e seguro.
Enquanto isso, a sociedade brasileira dorme no berço esplêndido de sua bovina ignorância a letargia; aplaudindo a “grande revolução” da educação que os governos estaduais e municipais – capitaneados pelo governo federal – aplicam em nossas crianças.
Pense nisso.
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