Neste domingo, a respiração dos latino-americanos estará suspensa. Pelo menos por um tempo até que a apuração do plebiscito na Venezuela tenha acabado. Em caso de vitória, Chávez terá caminho aberto para a realização de um sonho: Transformar seu país num reduto da “nova revolução” proletária.
Mas, e se perder? Esse será realmente o verdadeiro teste para a democracia venezuelana e para o caráter de seu presidente. Se aceitar a derrota e seguir com suas bravatas, Chávez fará o mundo calar os comentários de que pretende ser um ditador. Por outro lado, se os temores se confirmarem, tudo pode acontecer.
O que fará Chávez? Essa é a verdadeira incógnita por trás de todas essas variáveis. Se gritar aos quatro ventos que foi vítima de um complô americano; e der um golpe de estado, as forças armadas venezuelanas o acompanharão? E a oposição? Ficará calada e engolirá o ditador goela abaixo, em silêncio?
A resposta a essas questões só poderá ser conhecida após a apuração. O certo é que Chávez, pelo que tem mostrado até agora, não digerirá pacificamente uma derrota. No comício de ontem (30/11); ele deixou bem claro que encarava o voto “não”, como um voto contrário a ele. E numa bravata sem tamanho, ameaçou os EUA; no caso de “alguma irregularidade ou tumulto” durante o pleito.
Para mim, por si só, essas declarações já mostram que o caminho em caso de derrota será o golpe. E, neste caso, qual será a reação do Brasil? Aceitará pacificamente uma ditadura de esquerda; quando brada ao mundo que defende a democracia?
Chávez com seus sonhos de poder absoluto conseguiu o que não se via em muito tempo: Desestabilizar todo um continente. Está claro para mim, que os planos para o caso do “não” vencer, já estão mais do que estabelecidos.
A grande verdade é que ganhe o “sim” ou o “não”, o povo venezuelano é que acabará perdendo no final. Sabemos muito bem, pela análise da história, que iniciativas assim, raramente, acabam pacificamente. O normal e corriqueiro, é que ditadores e “libertadores” sejam removidos do poder através de um mar de sangue.
Esperemos e rezemos para que esse, não seja o fim da Venezuela e de nosso continente. Afinal, somos tão pobres para termos que gastar os poucos recursos com armas e guerras inúteis e que não nos levarão a nada; apenas a mais miséria, dor e sofrimento.
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