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A Cidade do Rio de Janeiro vive hoje uma verdadeira catástrofe: A Dengue.
Hospitais e postos de saúde abandonados e negligenciados há muito tempo, finalmente foram “a pique” e mostraram claramente que a cidade não está preparada para dar o mínimo suporte a vida do cidadão. Culpa de um prefeito relapso e interessado apenas em seu mundo virtual fantasioso. Lá tudo vai muito bem. E o Rio é o melhor lugar do planeta para se viver.
No auge de uma epidemia, César Maia em seu “ex-blog” fala de amenidades. Nega com todas as forças que a cidade viva uma praga. Defende-se com números e estatísticas e faz malabarismos matemáticos para tentar refutar o que, uma simples passada por um hospital, pode mostrar claramente como verdade irrefutável. Se, ter mais de 2.000 casos novos a cada dia não é viver uma epidemia; não sei mais o que será. Talvez, para César Maia, uma epidemia se configure apenas quando um parente seu for atingido pelo mal. Assim, certamente os recursos aplicados no mercado financeiro e sabe-se lá mais aonde, aparecerão magicamente e agirão de forma rápida e precisa para socorrer seu ente querido.
Ao invés de participar e encampar rapidamente a parceria com os governos federal e estadual, o prefeito “sem noção” ordena que seja expedido um aviso à população: “Que andem de calças compridas, meias e sapato o tempo todo”. A isso limita-se a prevenção que a prefeitura do Rio de Janeiro está disposta a fazer. Deixando de aplicar os recursos nas áreas destinadas e usando os valores repassados pelo governo federal e estadual para não se sabe o que; visto que a cidade está um lixo. César preocupou-se apenas em inaugurar suas obras faraônicas de cunho eleitoreiro. As famosas “Cidades Alguma Coisa”. Que são importantes, reconheço. Porém não prioritárias.
Afinal, de que adianta um povo ter locais onde a cultura seja apresentada, produzida e distribuída se ele não tem saúde para comparecer aos eventos ou freqüentar o local. De que adianta prédios amplos e suntuosos, quando a população agoniza em hospitais mal preparados, mal equipados e dotados de péssimos profissionais. Seres que se tornaram verdadeiras bestas-feras e atendem os cidadãos como se lidassem com gado de corte.
Ninguém contou; ninguém disse; as imagens divulgadas falaram por si. Uma mulher, mesmo diagnosticada com dengue hemorrágica e baixa de plaquetas, teve a internação recusada por “falta de vagas”. Chorava copiosamente na porta do hospital em desespero. Uma ambulância foi chamada? Um médico a acompanhava? Não. Simplesmente, o “médico” que a atendeu ordenou que saísse do hospital e voltasse para casa. Talvez, para morrer.
Enquanto isso lemos estarrecidos declarações do prefeito e de seu secretariado incompetente que, de tão absurdas, fariam corar os carrascos nazistas de Hitler. Pouco se lixam para o povo. Aquela “gentalha” fedorenta e feia que se acotovela nas emergências lotadas e mal cheirosas. Aquela gente que vive de reclamar. Que se acostumou a implorar por migalhas e que, na verdade, é a principal culpada por essa situação calamitosa. Pois, se observasse mais de perto, os sinais que os bufões teimam em propagar jamais votariam num louco para governá-los.
Sim, pois a única opção que sobra, é imaginar-se que o apelido de “Menino Maluquinho” subiu-lhe a cabeça. Já que, se o abandono e o descaso com que gere a cidade forem propositais, o caso é mesmo de cadeia e execração pública. Contudo, infelizmente, nosso legislativo municipal é da pior qualidade possível e sequer se pronuncia contra essas barbaridades. Certamente, aguardam as trombetas eleitorais que se aproximam para falar ao povo de suas “realizações” a frente de seus mandatos de vereador.
Ah! Faltou falar dos palhaços. Bom; eles vocês já sabem quem são…
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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