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Quem assistiu ontem (08/08) a abertura das Olimpíadas na China viu uma das festas mais emocionantes e belas de todos os tempos. Um exemplo claro do que a tecnologia e a inventividade humana podem fazer quando unidas e imbuídas de um verdadeiro espírito de harmonia e paz.
Num país onde a liberdade de se dizer o que pensa ainda é um luxo consumido as escondidas; a China deu uma clara demonstração a toda humanidade do que é capaz o ser humano quando volta suas habilidades para o bem e para a alegria.
Não muito distante dali; na própria China, um bando de fanáticos grita a plenos pulmões que o morticínio de inocentes e a destruição de vidas e propriedades são as únicas maneiras de conseguir o que se quer.
Ao mesmo tempo, um pouco mais longe, novamente questões políticas e interesses contrariados levaram mais de mil e quatrocentos seres humanos para a morte. Numa única tarde, enquanto o mundo era levado às lágrimas pela emocionante festa de abertura que simbolizava a união dos povos e o eterno desejo de paz da humanidade; milhares encontraram a morte por questões meramente ideológicas, religiosas ou políticas.
Durante os anos em que era celebrada na Antigüidade; as Olimpíadas cessavam todos os conflitos. Guerras que se arrastavam durante anos; eram interrompidas e os combatentes viviam lado a lado, em um convívio fraterno enquanto durassem os jogos.
O que o mundo assistiu hoje, e assiste constantemente quando guerras e atentados terroristas se sucedem e inocentes morrem; nada mais é do que uma manifestação da barbárie e da animosidade que vive dentro de cada um de nós.
Enquanto os mesmos que clamam pela santidade da alma humana e defenderem suas convicções religiosas matando inocentes; decapitando crianças e velhos; estuprando e cometendo atos abomináveis contra mulheres em nome de algo que chamam de Deus; o mundo jamais terá paz.
Da mesma forma, quando aprendermos a não julgar o próximo pelo que faz, pelo que veste e pelo modo como se comporta; poderemos aspirar viver num mundo de paz e harmonia. Os Jogos Olímpicos são muito mais que uma competição e uma bela festa; são a oportunidade perfeita para que o homem aprenda como é conviver com seu irmão distante. A entender que o inimigo odiado visceralmente, também tem sonhos; tem família; tem medos; sangra e sente dor. E que é igual a ele.
Quando o homem entender que seja ele chinês ou brasileiro; americano ou polonês, japonês ou russo ou de qualquer outra nacionalidade, grupo étnico e religioso; ele é antes de qualquer coisa um ser humano. E, como animal pensante e senhor do planeta que habita; deveria ser capaz de entender que juntos podemos ter tudo. Unidos pelo espírito de cooperação, podemos transformar a vida num espetáculo grandioso e cheio de momentos emocionantes.
Mas, se desejarmos dar ouvidos a besta-fera que vive dentro de nós, sempre que tivermos alguns de nossos interesses contrariados; para a humanidade restará apenas a dor, a morte e a destruição.
Mude o mundo. Mude a si mesmo. Mude agora.
Pense nisso.
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