Começa, em Cananéia, no litoral sul de São Paulo, projeto que visa promover o desenvolvimento sustentável da região por meio da pesca amadora e do turismo. “É a primeira vez que serão realizados diagnóstico e monitoramento da pesca amadora na região, complementando o trabalho já executado com a profissional e contribuindo para avaliar a atividade pesqueira como um todo”, diz o pesquisador do Instituto de Pesca de São Paulo Jocemar Mendonça. Entre as ações que serão desenvolvidas estão: caracterização de pesca amadora, monitoramento das capturas, mapeamento da cadeia produtiva, levantamento do perfil do pescador amador, organização de cursos para guias de pesca, entre outros.
“Esse conjunto de dados também vai subsidiar a elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Cananéia, Iguape, Peruíbe, que, por ser uma unidade conservação de uso sustentável, apresenta cenário muito favorável à execução de projetos com esse perfil”, afirma o biólogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Eliel Souza.
A área em que será desenvolvido o projeto é reconhecida pela União Internacional para a Conservação da Natureza como uma das mais produtivas do Atlântico Sul. A região é constituída por estuários, manguezais, restingas, lagunas, praias e ilhas com alta biodiversidade e um número significativo de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.
“Esse mosaico de ambientes marinhos e costeiros qualifica a região como um importante berçário para diversas espécies marinhas. Além disso, a beleza cênica e a produtividade biológica apresentam um grande potencial para a pesca e o ecoturismo, principais atividades econômicas da região“, afirma o coordenador do programa Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, Fábio Motta.
O projeto Mata Atlântica & Pesca: Diagnóstico e Ordenamento Participativo da Pesca Amadora no Complexo Estuarino-Lagunar de Iguape, Cananéia e Ilha Compida, coordenado pela organização SOS Mata Atlântica, conta com parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, do Instituo de Pesca de São Paulo, do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, da organização não-governamental Biologus, da Escola Técnica Engenheiro Agrônomo Narciso de Medeiros, do Centro Paulo Souza, e apoio da ONG Conservação Internacional, das Prefeituras de Cananéia e Iguape e patrocínio do Bradesco Capitalização e da Copebrás Anglo-American.