O primeiro dia de filmagem de The Incredible Hulk, nesta terça-feira, movimentou a favela Tavares Bastos, no Catete, Rio, e até o quartel do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi usado como base.
O principal astro, Edward Norton, chegou por volta das 10h e foi a única estrela a trabalhar. Para usar a favela como cenário, fechar ruas e estacionar cerca de 15 caminhões no morro, a produção contou com o apoio da secretaria de Segurança.
A sede do Bope, no alto do morro, deu seu apoio, com a montagem de restaurante para o almoço da produção – mas Norton almoçou na Casa do Bob, espaço de shows de jazz comandado por um inglês. Os seguranças internacionais ficaram impressionados e quiseram conhecer o batalhão.
William Hurt, que vive o vilão, teve dia de folga e Tim Roth, inimigo de Hulk, apareceu só no fim da tarde, sem saber se iria filmar. O mau tempo não atrapalhou o trabalho. A maioria das cenas foram externas, rodadas nas escadarias e vielas.
Mesmo só com um astro no local, a equipe estava em polvorosa. Seguranças impediam a subida de curiosos. Na hora do “ação!”, sob o comando do diretor Louis Leterrier, nem moradores podiam passar. A estratégia era para que nenhuma cena fosse fotografada de perto.
“O Hulk é um personagem de animação, se o público vir os dublês fazendo as cenas, perde o encanto”, argumentou a assessora de imprensa americana, Karen Pidgurski.
As cenas mostram Bruce Banner (Edward Norton) fugindo de seus perseguidores na favela. Na rua principal foi armada feirinha cenográfica, que será destruída por um caminhão. A criatura verde furiosa vai pular de um barraco para outro por cima das lajes.
As cenas foram feitas por dublês, que pularam sobre um grande colchão de ar. Os moradores também participam como figurantes. A produção os recruta na hora, no meio da rua, a R$ 50 por dia. O aluguel dos bares sai a R$ 200 por dia ¿ o que não reflete o orçamento milionário do filme, de US$ 125 milhões.
Fonte: O Dia