ESN: 16675-080201-838850-87
Esse artigo é fruto de um convite para uma “Blogagem Colaborativa” feita pelo Magal para o Blog Mesa Redonda.
São textos baseados num tema central. O tema deste mês foi: “Somos, de fato, donos do mundo?”
E o título da minha contribuição ao Mesa Redonda é:
MUNDO, DONOS E NARIZES.
Certamente, você já ouviu alguém dizer: “Nós fazemos o nosso destino”. Talvez, você mesmo já tenha dito isso várias vezes. O entendimento geral de que “somos donos dos próprios narizes” estará mesmo correto?
Sabemos pelas informações científicas que temos hoje, que nossa “pequena bola azul” que flutua pelo espaço e é a única responsável por nossa existência, sofre constantemente ataques e agressões de todo o tipo. Tanto externas; quanto internas. Paradoxalmente, quanto mais evoluímos tecnologicamente, mais vulneráveis nos tornamos aos efeitos danosos de eventos macrocósmicos.
Há cem anos atrás, uma gigantesca explosão solar pouco interferiria nas vidas dessas estranhas e egoístas criaturas que habitam essa bola azul. Contudo hoje, essa mesma explosão poderia proporcionar o caos e a morte de milhares (ou milhões) de indivíduos através do globo. Satélites, aviões, equipamentos médicos, fornecimento de eletricidade e tudo mais que usasse eletrônica ou dependesse de transmissões de rádio seria destruído ou afetado. E nós, praticamente nada, podemos fazer sobre isso.
Desde os primórdios do surgimento dos primeiros hominídeos, eles perceberam muito cedo e de forma inequívoca, que sozinhos seriam presas fáceis para os predadores e animais ferozes que habitavam o planeta. Observaram que era muito mais fácil viver em comunidade e em colaboração constante. Contudo, para que isso funcionasse a contento, os instintos básicos animais que ainda existiam em nosso interior deveriam ser dominados e reprimidos. Mas, para que isso se tornasse realidade, só com algo que provocasse temor ou sofrimento. Assim, foram escritas as primeiras leis, criadas as religiões e os homens criaram a noção de sociedade.
Para viver em sociedade, você deve primordialmente abdicar de você mesmo. Errado? Pense bem, um ladrão te rouba; você vai matá-lo? Por mais vontade que você tenha de fazer isso, seu “freio social” diz que é errado e que, se for apanhado, sofrerá punições graves.
Você tem desejos e vontades sexuais, mas sabe que se expressá-la em público; será duramente criticado ou poderá ser preso por violar o “pudor social”. Você odeia negros, brancos, índios, judeus, cristãos, espíritas ou muçulmanos; mas sabe que se expressar esse ódio, automaticamente se tornará um paria social.
O governo diz, a todo tempo, o que você deve fazer e a sociedade a que pertence diz como deve se portar em público. É claro que se esses limites fossem rompidos ou ignorados, a humanidade descambaria para a selvageria descontrolada e para a extinção. Assim, se você ainda acha que é dono do seu próprio nariz; você está redondamente enganado.
Pense nisso…
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
ESN: 16675-080201-838850-87
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