Brasília – A atividade econômica do país registrou retração em maio de 0,02%, na comparação com o mês anterior. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (12).
O índice mensal tem oscilado este ano entre queda e alta. De acordo com o dados mensais revisados divulgados pelo BC, neste ano, também houve queda no índice em janeiro (0,22%, em relação a dezembro) e março (0,17% na comparação com fevereiro). Em abril e em fevereiro, houve alta de 0,10% e 0,39%, respectivamente.
Na comparação de maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, o índice observado (sem ajuste para o período) registrou alta de 1,09%. Esse crescimento ocorre depois da queda de 0,02% em abril, em relação a igual mês do ano anterior, mas mostra que a atividade econômica estava em ritmo mais forte no ano passado. Em maio de 2011, na comparação com 2010, o crescimento chegou a 4,22%.
Nos cinco meses do ano, ante igual período de 2011, houve expansão de 0,85%, no caso do índice sem ajustes, considerado o mais adequado pelos economistas para esse tipo de comparação. Em 12 meses encerrados em maio, o IBC-Br, sem ajustes, registrou alta de 1,39%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica e contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. O Copom tem reduzido a taxa básica como uma forma de estimular a atividade econômica brasileira, que enfrenta efeitos da crise econômica internacional. Ontem (11), a Selic sofreu um corte de 0,5 ponto percentual, para 8% ao ano, o menor nível desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999.
O governo também reduziu impostos para estimular a venda de eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as compras governamentais. Outra ação recente foi a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6% para 5,5%.
A economia em ritmo mais lento tem levado à revisão das estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O BC revisou a projeção para este ano de 3,5% para 2,5%. Já a de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo BC caiu de 2,05% para 2,01%, este ano. Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também reduziu a estimativa de expansão do PIB, de 3% para 2,1%.
Edição: Juliana Andrade