Brasília – Poucas horas depois do atentado de um homem-bomba em Damasco, capital da Síria, matando dois ministros, o presidente sírio, Bashar Al Assad, nomeou hoje (18) o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Fahd Al Freij, como novo ministro da Defesa do país. O general ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior desde agosto de 2011.
Os ministros da Defesa, Dawood Rajha, e do Interior, Asif Shawkat, foram mortos no atentado. Shawkat é o chefe do serviço de inteligência da Síria e cunhado do presidente sírio, Bashar Al Assad. Ficaram feridos o chefe da Segurança Nacional, Hisham Ikhtiar, e um adjunto do vice-presidente, Hassan Turkmeni.
O homem-bomba se posicionou dentro do edifício de Segurança Nacional para provocar o ataque, durante uma reunião de ministros e policiais. Há 16 meses, a Síria enfrenta uma onda de violência causada por embates entre a oposição e o governo. O atentado foi reivindicado pelo Exército Sírio Livre, formado por desertores das forças do regime e civis armados.
Os oposicionistas querem a renúncia de Assad, eleições e mais liberdade no país. A estimativa é que mais de 16 mil pessoas morreram na região. A comunidade internacional pressiona Assad a adotar um plano de paz na região impondo um cessar-fogo. A crise na Síria é tema central da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que analisa a possibilidade de ampliar as sanções à Síria.
Horas depois do atentado, o Exército da Síria emitiu nota oficial, divulgada pela imprensa do país, informando que irá “limpar o país de terroristas”. “Esse ato terrorista reforça a determinação das nossas Forças Armadas em limpar a pátria de grupos terroristas”, diz o texto.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo