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Você acredita em tudo que a imprensa e o governo falam?
Lendo uma matéria escondida e quase achada por acaso, no Globo On-Line, fica claro para mim o quanto são falsas certas “realidades” que a imprensa e o governo brasileiro teimam em vender para o povo todos os dias, como se fossem “verdades absolutas”.
A inegável melhora nas condições de vida dos mais pobres que, em minha opinião, deveu-se mais a ajuda financeira dos “bolsa-alguma-coisa”; do que propriamente a um real e sustentável crescimento e melhoria das condições do país. Trás em seu bojo a alegria dos que estão no poder e o ódio dos que perderam a oportunidade de faturar com uma decisão simples: Dar dinheiro de graça.
Mas, apesar das propagandas institucionais, as queixas da oposição quanto aos gastos e a famosa (e desgastada) frase: “Vamos dar o peixe, mas também vamos ensinar a pescar”. Dita pelos mesmos políticos que ocuparam o poder, por várias décadas, e nunca deram uma sardinha sequer para o povo ou, muito menos, o ensinaram algo que prestasse. Pelo contrário, cuidaram de arruinar um sistema educacional que era considerado um dos melhores do mundo. A verdade (essa pequena palavra que causa arrepio a qualquer político) insiste em aparecer, mesmo disfarçadamente, e escorrer por entre os dedos daqueles que são pagos para contê-la a todo o custo.
Enquanto o governo fala em milhões para combater a violência; proíbe a venda de armas e diverte-se criando um festival de artifícios para iludir o populacho; que, apesar de espernear, adora ser iludido. Concentrando-se mais no “paredão do BBB” e na separação daquela “celebridade minuto” do que nas pessoas e ações que decidirão a forma como ele passará seu tempo aqui na Terra. Um detalhe crucial, que revela a verdadeira face de nosso país, é escondido em uma edição on-line de um jornal que poucos terão acesso. Ou, se mostrado na edição impressa, é “camuflada” no interior da edição com a clara intenção de ser localizada apenas pelos “devoradores” de notícias.
A notícia é estarrecedora, preocupante e reveladora: “As doenças da pobreza matam mais no Brasil do que acidentes de trânsito e homicídios JUNTOS”. Doenças que em outros países são apenas lembranças de tempos antigos ou conseqüências de guerras e catástrofres climáticas; e até mesmo no nosso próprio país já eram consideradas “coisas do passado” como: Diarréia, desnutrição, malária, tuberculose, dengue, febre amarela, febre tifóide e (pasmem) falta de assistência médica. São responsáveis por 226 óbitos DIÁRIOS.
Morre mais gente dessas doenças, facilmente evitáveis, do que em áreas de guerra ou conflito declarado. Por ano são mais de 82 mil brasileiros que, por serem pobres, são condenados à morte pelos governos de todas as esferas administrativas de nosso país.
Nossa constituição é uma verdadeira farsa. Nossos governos são farsantes interessados apenas em seus mundinhos medíocres e infames. Nosso povo, vaga alienado e desinteressado da desgraça que bate a sua porta. Embevecido com o novo namorado da “atriz tal” ou debatendo durante dias quem será eliminado do BBB. A seleção joga hoje? É a pergunta mais importante feita pela maioria; enquanto poucos querem saber o que seu representante fez em seu nome. Enquanto a morte sem sentido ou objetivo, alimenta-se dos corpos ceifados de centenas de humildes brasileiros todos os dias; nossos políticos preocupam-se em acender seus charutos e beber seu whisky doze anos. Negociando a propina da vez.
Qual gado manso, caminhando felizes para o abatedouro, seguimos quietos e sorridentes imersos em nossos “universos anões”, preocupados apenas com nossos umbigos. A morte, enquanto isso, muda-se para a casa ao lado e cumpre seu expediente macabro em nosso solo. Com o aval de nosso povo e o beneplácito de nossos governantes. Tudo isso, claro, com aquela comissãozinha de 10%.
Com a palavra, você leitor.
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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